Tradições de Natal

Emanuel von Lauenstein Massarani
23/12/2004 19:25

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Anônimo: Sagrada Família - Terra cota <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/A Familia88.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Pietro Perugino: Presépio de 1498 - Collegio del Cambio - Perugia <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/presepio.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Pinus Heliotis, árvore símbolo do Natal <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/arvore natal.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Os primeiros registros da celebração do Natal têm origem na Turquia, em meados do século II e mais precisamente na data de 25 de dezembro. O Papa Júlio I, após uma pormenorizada investigação levada a efeito no ano 350, proclamou essa data oficial. Por sua vez, o imperador Justiniano a instituiu como feriado nacional no ano 529. Posteriormente, o período das festas natalinas foi ampliado até a Epifania, ou seja, vai de 25 de dezembro a 6 de janeiro, que passou a ser chamado o Dia dos Reis Magos.

O Presépio, a árvore de Natal e a Missa do Galo constituem elementos básicos das tradições natalinas, hoje adotadas em todas as partes do mundo independente de sua profissão religiosa. O Presépio, segundo a tradição católica, teve em São Francisco de Assis seu criador, no século XIII. Desejando celebrar o Natal dentro do maior realismo possível, Francisco obteve do Papa autorização para montar um presépio numa cocheira e instalar sobre a palha da manjedoura a imagem do Menino Jesus, com um boi e um jumento vivos ao seu lado. Foi nesse ambiente que o celebre Santo celebrou a sua missa de Natal no ano de 1223.

No que tange a árvore de Natal, sua tradição nasceu por volta do terceiro milênio antes do nascimento de Jesus Cristo. Inúmeros povos da época praticavam cultos às árvores por considerá-las representativas da energia e da fertilidade da Mãe Natureza. Vale lembrar que com a chegada do inverno as folhas da maioria das árvores caiam, de modo especial o carvalho, considerado a árvore modelo. Os povos da época que acreditavam na fuga do espírito da natureza, tinham o costume de enfeitá-las como forma de atração.

Dados históricos testemunham que a partir do século XVI surgiu na antiga Alemanha o uso da árvore de Natal, como nos dias de hoje. Entretanto, essa tradição se espalhou pelo mundo afora somente a partir do século XIX. Desde então, a árvore escolhida passou a ser o pinheiro que conserva a mesmo verde e formosura em todas as quatro estações.

Por outro lado, a Missa que se costuma celebrar anualmente na noite de 24 para 25 de dezembro passou a ser mais conhecida como Missa do Galo. Segundo a lenda, essa denominação se deve ao fato de que essa ave foi a primeira que teria presenciado o nascimento do Menino Jesus e, com seu gorjeio, foi o anunciador do feliz evento. A primeira vez que se tem notícia da realização dessa missa foi no século IV e transformada numa celebração festiva a partir da Idade Média. Vale salientar que, até os primórdios do século XX, o nascimento do Messias era anunciado tradicionalmente à meia-noite com um repicar de sinos e a simulação do canto de um galo.



Espírito de Natal

Solidariedade, paz, alegria e amor são os votos que fazemos aos nossos leitores, aproveitando da passagem do dia em que se comemora a data máxima da Cristandade. Dentro desse espírito natalino publicamos um conto de Sandra Mamede, um poema de Socorrinha Castro, além de um artigo sobre as Tradições de Natal ilustradas com algumas obras do Acervo Artístico da Assembléia Legislativa.

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