Com toques de surrealismo, Rodrigo Anjuleto move-se num ambiente cubista e construtivista

Acervo artístico - Emanuel von Lauenstein Massarani
13/12/2004 14:00

Compartilhar:

Maçã sobre mesa<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Rodrigo Anjuleto  Maca mesa .jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Rodrigo Anjuleto<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Rodrigo Anjuleto.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Personagens do saber<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Rodrigo Anjuleto Personagens Saber.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

André Chastel, um grande historiador da arte, costumava afirmar que "a Picassologia será possivelmente um dia a base de uma nova ciência". Embora devamos nos alegrar que exista um pintor moderno cujo nome é conhecido também por aqueles que nunca se interessaram pela pintura, não há duvida que a obra de Picasso representa para as jovens gerações uma atração, para alguns respeitável, para outros inadmissível à pintura tradicional.

Este é o caso do jovem pintor Rodrigo Anjuleto, cuja admiração pelo grande artista, sobretudo por sua fase cubista, envolveu-se na criação de obras autênticas, mas que constituem uma reminiscência de uma época revolucionária da arte moderna e, ao mesmo tempo, uma homenagem ao pintor catalão.

Sua arte se move tanto no ambiente cubista, quanto no construtivistas e no surrealista. Seu automatismo é isento de qualquer referência literária e se submete muito mais às solicitações do maravilhoso e do fantástico. A presença simultânea de um esquema construtivo abstrato e de seus estilizados personagens institui nas obras do artista um jogo de citações e de formas puras que tem sua remota origem na "aura" de derivação metafísica de onde resultavam suspensas as plásticas figuras humanas e os manequins de muitos anos atrás.

Inventando formas novas mediante objetos ou figuras humanas, com uma articulação da cor que se impregna de significativos contrastes, sua atual experiência determina uma categoria expressiva que não o condiciona minimamente a esquemas já resolvidos.

Nas obras "Maçã sobre mesa" e "Personagens do saber", doadas ao Acervo Artístico do Palácio de Julho, Rodrigo Anjuleto utiliza uma espécie de monocromatismo que tem a capacidade de conferir à atmosfera um valor rarefeito e irreal que pode se traduzir em cenários absorvidos e mudos.

O Artista

Rodrigo Anjuleto, pseudônimo artístico de Rodrigo Bernardi da Silva Anjuleto, nasceu na cidade de São Paulo em 1984. Começou a se interessar pelas artes plásticas e pela música desde o momento em que teve contato com os meios artísticos. Pintou seu primeiro quadro aos nove anos de idade.

Autodidata, sua primeira exposição foi no ano de 2002, numa coletiva intitulada "Pinta Brasil" e realizada no Espaço Atrium Cultural, no Central Plaza Shopping, ao que se seguiram as seguintes mostras: "X Mostra de Arte", Biblioteca Ministro Genésio de Almeida Moura, SP (2002); "Liberdade e União" Biblioteca Ministro Genésio de Almeida Moura, SP; "Nova Era Cultural", Centro Cultural Aricanduva, SP; "GAABI", Concessionária Fiorante, SP; "XI Mostra de Arte"; Biblioteca Ministro Genésio de Almeida Moura, SP; "Cores da Primavera", Espaço Cultural do C. A. Ypiranga, SP (2003); "Salão da Mulher", Atrium Cultural do Central Plaza Shopping, SP; "II Salão de Outono", Centro Cultural Aricanduva, SP; "Dinâmica da Arte", Instituto de Previdência Municipal de São Paulo; "IV Salão da Primavera", Centro Cultural Aricanduva, SP; "XII Mostra de Arte", Biblioteca Ministro Genésio de Almeida Moura, SP, (2004).

Por sua participação em diversas exposições, recebeu prêmios de revelação, medalha de bronze, prata e diplomas de honra ao mérito. Suas obras encontram-se em coleções particulares e no Acervo Artístico da Assembléia Legislativa.

alesp