A pintura de José Munhoz: uma adesão viva ao espetáculo da natureza

Emanuel von Lauenstein Massarani
11/12/2003 14:00

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 José Munhoz <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Jose Munhoz.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra Barcos no ancoradouro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/J MunhozBarcosancorado .jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A pintura de José Munhoz nasce de uma contraposição entre contemplação e tensão instintiva. Sensível à cor, sintetiza com emoção trechos da natureza e do mar que ama retratar em função da luz , onde as referencias ao mundo impressionista ou pós, são atualizados por certas manchas cromáticas de gosto expressionista.

A cor é muitas vezes intensa, o que cria um estado de inquietação latente num esquema simples e aparentemente calmo. José Munhoz se destaca na realização construtiva, na cromática sensibilidade, e exalta ainda mais a sua pictórica personalidade, sem com isso vir menos a sua inata firmeza e simplicidade.

Suas paisagens, suas marinas, suas cenas de verão, são permeadas de uma presença humana e artística participe e vibrante. A cor se torna ao mesmo tempo pano de fundo e primeiro ator dessas cenas de vida.

A sua fidelidade aos tons naturais do ambiente, o seu confiar em uma visão que oscila entre bucólico e romântico, o seu captar recantos mais pitorescos e pictóricos do nosso litoral fazem de José Munhoz um clássico embora contemporâneo que apesar dos tempos e do modismo, encontra ainda inúmeros apaixonados.

Temperamento efusivo, até mesmo impetuoso na sua cordialidade espontânea, José Munhoz é por natureza levado a uma pintura de impulso. Com efeito a posse do tema é rápida e imediata. No quadro "Barcos no ancoradouro", doado pelo Instituto de Recuperação do Patrimônio Histórico no Estado de São Paulo (IPH) ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, sua pintura é evidentemente uma adesão viva e sincera ao espetáculo da natureza.

O Artista

José Munhoz nasceu na cidade de Parapuã, em 1962. Transferiu-se para São Paulo, onde cursou a Faculdade de Belas Artes de São Paulo.

Artista plástico atuante em participado de vários salões de arte do interior e da Capital, entre eles: Câmara Municipal, Rinópolis, SP (1980 e 1981); Faculdade de Belas Artes de São Paulo; Pinacoteca do Estado de São Paulo e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, USP, SP (1983); I Mostra Jovem, Avaré,SP; I e II Salão de Artes Plásticas de Avaré, SP (1985 e 1987); Mostra de Gravura, Centro Cultural do Butantã, SP (1985); IV Mostra de Artes Plásticas Casa Branca, SP; XIV Salão de Arte Jovem, Santos; "Arte e Pensamento Ecológico", Instalação, Câmara Municipal de São Paulo (1987); "Negra Magia", SESC Pompéia; "Semana da Comunicação", Faculdade Anhembi Morumbi; I Salão de Artes Plásticas, Guarulhos; XI Salão de Arte Contemporânea, São Caetano do Sul; I Salão de Artes Plásticas, Presidente Prudente, SP e XXI Salão de Arte Contemporânea, Piracicaba (1988); Galeria Jasmim, SP; Salão de Arte Contemporânea, Santo André, SP; Espaço Cultural Metropolitano, SP; Espaço Cultural Chap-Chap, SP (1989).

Recebeu inúmeros prêmios, destacando-se entre eles: Medalha de Bronze no Salão de Artes Plásticas de Avaré, SP (1985); Prêmio Aquisição, desenho, no II Salão de Artes Plásticas de Avaré, SP (1987); Medalha "Paulo Lima", Salão de Artes Plásticas de Presidente Prudente, SP; Prêmio Aquisição em desenho, XXI Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba, SP (1988); Menção Honrosa no II Salão de Artes Plásticas no SPFC, SP (1989).

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