Frente Parlamentar ouve representantes dos setores ópticos e eletrônicos


25/10/2005 12:28

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 <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/frente prod648mau.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputados Sebastião Arcanjo e Vanderlei Macris <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/frente prod642mau.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Reunião da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Produtivo Paulista<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/frente prod660mau.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

"Queremos construir uma proposta para encaminhar as questões de interesse dos vários setores produtivos de São Paulo e encaminhá-la aos órgãos competentes das esferas estadual e federal", afirmou o deputado Vanderlei Macris (PSDB), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Produtivo Paulista. A reunião com representantes dos setores óptico e eletroeletrônico, que ocorreu nesta terça-feira, 25/10, na Assembléia Legislativa, também contou com a presença do deputado Sebastião Arcanjo (PT), que manifestou a vontade dos parlamentares paulistas de "acolher demandas e sugestões para que possam ser tomadas iniciativas legais no sentido de proteger a indústria paulista".

A principal reivindicação trazida pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), diz respeito à aprovação da MP 252 (chamada de MP do Bem), reeditada como MP 255. "Esperamos a aprovação da medida, que, além de inovação tecnológica, poderá popularizar o acesso a computadores conectados à internet como meio de educação de massa", falou, conclamando os deputados a cobrar dos parlamentares federais a sua aprovação.

Produtos chineses

O problema enfrentado pela indústria óptica refere-se à importação dos produtos chineses, que chegam ao Brasil a preços muito baixos, "aviltados", no entender do presidente do Sindicato Interestadual da Indústria Óptica, Rinaldo Dini. "Há necessidade de uma moralização das alfândegas, pois há produtos que chegam aqui a preços aviltados, até por um centavo", advertiu, acrescentando que existe uma concorrência desleal e predatória devido a esse preço irreal, mas também porque a Polícia e a Receita Federal não estão atuando como deveriam. "Precisamos de moralidade para que possamos ter o mesmo ambiente de trabalho. A indústria nacional é fiscalizada, o que não ocorre com os produtos importados", desabafou.

Contrabando

Vanderlei Pereira, da Técnica Nacional de Óculos Ltda., depois de traçar um mapa das condições de produção brasileira e chinesa, concluiu que os produtos brasileiros, na área óptica, podem concorrer com os melhores produtos europeus, o que não acontece com os produtos chineses. O problema, segundo ele, tem nome e chama-se Rua 25 de Março. "Já indicamos aos órgãos competentes vários atacadistas que atuam de forma irregular, mas nada foi feito", reclamou.

Pequena e média empresa

O diretor do Departamento da Micro e Pequena Empresa da Fiesp, Marco Antônio dos Reis, falou das dificuldades enfrentadas pelo setor, advertindo que o Brasil não financia o setor produtivo e, quando o faz, é com juros muito altos. Ele aproveitou para anunciar a abertura da Sala de Crédito, ligada à Fiesp, e que contará com crédito facilitado através do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Nossa Caixa e Bradesco.

Reis elogiou, ainda, o Simples Paulista. Segundo ele, quando se reduz a alíquota, a arrecadação aumenta. Lógica que não vem sendo seguida pelo Governo Federal, que mantém o Simples Federal estagnado há dez anos.

Próximas ações

Respondendo às indagações dos participantes sobre as ações concretas que podem advir das reuniões com o setor produtivo, o deputado Macris disse que, após realizar o diagnóstico da situação dos vários setores, será a vez de ouvir as áreas de governo, como os ministros da Fazenda e da Justiça, representantes da Receita e Polícia Federal, além do secretário de Estado da Fazenda.

Já o deputado Arcanjo sugeriu uma medida de curto prazo na área de repressão, envolvendo órgãos policiais do próprio Estado. A médio prazo, segundo ele, há que se realizar a pressão política a favor das Medidas Provisórias, formalizando uma moção de apoio com a assinatura, se possível, dos 94 deputados estaduais. "Assim garantimos o debate em relação à MP do Bem", ressalvou.

alesp