Ciclo de audiências públicas sobre RMGSP é encerrado em Embu

Reunião foi a que contou com o maior número de participantes
06/05/2011 18:00

Compartilhar:

Jooji Hato, Silvino Bonfim de Oliveira, Chico Brito, Edson Aparecido, Geraldo Cruz e Luiz José Pedretti<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2011/AudPubEmbuZEDnomeada.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Lucila de Moura <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2011/AudPubEmbuCidaMachiZED.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Última audiência pública sobre a Região Metropolitana da Grande São Paulo <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2011/AudPubEmbuZED9132.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Plenário da Câmara Municipal de Embu<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2011/AudPubEmbuZED9169.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A última e não menos importante audiência pública sobre a Região Metropolitana da Grande São Paulo foi realizada nesta quarta-feira, 4/5, na Câmara Municipal de Embu, com a presença de muitos moradores da sub-região sudoeste da RMGSP.

O primeiro a se pronunciar no debate foi o prefeito de Embu, Chico Brito. Para ele, é um momento histórico para a RMGSP. "Cada cidade sofre com seus problemas, mas as soluções devem ser conjuntas. É fundamental que se leve em conta as especificidades de cada sub-região, de forma a oficializar a criação dessas sub-divisões da RMGSP."

Brito mencionou o plebiscito sobre a mudança de nome da sua cidade para Embu das Artes e pediu que, ainda no próximo mês, a Assembleia aprove o projeto homologando o plebiscito.

Silvino Bonfim, que preside a Câmara Municipal que sediou a audiência, aproveitou a oportunidade para citar as dificuldades por que passam os moradores de Embu, no que tange à mobilidade urbana e infraestrutura de água e luz.

O secretário de Desen­volvimento Metropolitano, Edson Aparecido, comentou a presença maciça de vereadores e de moradores, que transformaram a audiência de Embu na maior do ciclo de debates promovido pela Assembleia Legislativa. Aparecido apresentou mais uma vez dados sobre as regiões metropolitanas e o Projeto de Lei Complementar 6/2005, que reorganiza a RMGSP. "É com integração que vamos planejar e definir investimentos para as cidades que compõem essa região." O secretário esclareceu como funcionarão o conselho e o fundo metropolitano. Falou ainda sobre os substitutivos e as sugestões ao projeto, estas feitas durante as audiências, que serão incorporadas ao texto na medida do possível.



Transporte ferroviário volta a ser apontado como solução para a mobilidade urbana



Jooji Hato (PMDB) representou a presidência da Assembleia nessa audiência. Hato cumprimentou os deputados Enio Tatto (líder do PT), Donisete Braga e Geraldo Cruz, ambos do PT, e Samuel Moreira (PSDB " líder do Governo) pela participação.

"A presença de todos vocês demonstra o quão importante é o debate sobre o PLC 6. Os problemas que hoje afligem a RMGSP são cruciais, sobretudo quanto à segurança", disse Hato. O deputado ainda ressaltou o trem como solução aos gargalos da mobilidade urbana.

Geraldo Cruz, que já foi presidente da Câmara de Embu, falou sobre a importância da RMGSP e da criação do Consórcio Intermunicipal da Região Sudoeste da Grande São Paulo (Conisud). Cruz lembrou que algumas obras são feitas em um determinado município, demandando ônus para manutenção, mas atendem a outros, como é o caso do piscinão de Embu, que serve a Taboão da Serra e é custeado por Embu. Seguindo nessa linha, Cruz destacou que os municípios não têm condições de custear o fundo metropolitano.

"A partir do momento em que os municípios se organizam ficam muito mais viáveis as conquistas para cada um deles", disse Donisete Braga. O deputado lembrou que a Assembleia está empenhada na discussão e aprovação do projeto.

A questão do fundo também preocupa Tatto, que não quer que a RMGSP passe pelo mesmo processo das demais regiões metropolitanas do Estado, que não recebem recursos para implementar seus projetos.

Samuel Moreira afirmou que a Assembleia decidiu ouvir a população para aprimorar o projeto, que ao ser aprovado vai trazer ganhos para a RMGSP. "Esperamos que este trabalho dê frutos em prol dos moradores dessa região."



Transportes adequados



Haroldo Marchetti, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Embu e Região (Acer), pediu breve aprovação do PLC, uma vez que este possibilitará o desenvolvimento metropolitano.

Mucio Alexandre, do Sindicato da Sorocabana (ferroviários), disse que só há um problema em comum aos municípios metropolitanos: a restrição à mobilidade urbana. "Assim, a única solução é o trem, alvo da campanha São Paulo Trem Jeito."

Cida Maschio, prefeita de Juquitiba, afirmou que está esperançosa de que os problemas metropolitanos sejam minimizados. Destacou ainda que Juquitiba e São Lourenço da Serra têm estradas sem pavimentação e, apesar de contarem com belezas naturais, como cachoeiras, não conseguiram o status de estância turística, o que traria mais insumos para as duas cidades.



Promessas



Vice-prefeita de Taboão da Serra, a professora Márcia afirmou que está cansada de promessas. "Há 20 anos esperamos metrô, trem ou qualquer coisa que não chega nunca." Disse ainda que os municípios já contribuem muito ao bancar serviços que deveriam ser pagos pelo Estado. "Os municípios não podem mais ser onerados com um novo fundo."

Lucila de Moura, vice-presidente da Associação Casa da Terra, defendeu a preservação ambiental da sub-região sudoeste, de forma a não comprometer o abastecimento de água.

Cláudio Dias, presidente da Associação dos Engenheiros de Embu, sugeriu que a participação popular seja efetivada no conselho deliberativo.

O empresário Roberto Terassi já foi prefeito de Embu e é membro do Comitê da Bacia do Alto Tietê. A importância da gestão de recursos hídricos no âmbito metropolitano foi comentada por ele.

Claudinei Pereira, de Taboão da Serra, acredita que não haverá gestão metropolitana sem transportes adequados que possibilitem a qualidade de vida. "O fato de a região envolver 39 municípios não é limitador, uma vez que a Região Metropolitana de Madri congrega mais de 160 municípios e tem essa questão resolvida."

Edson Aparecido respondeu às dúvidas quanto ao fundo metropolitano, informando que o Fumefi será mantido, em paralelo ao novo fundo, para os municípios pequenos. O PLC está pronto para Ordem do Dia e deverá ser discutido e votado em breve.

alesp