A adoção do software livre pretende transformar consumidores em desenvolvedores


08/12/2004 20:30

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Gustavo Celso de Queiróz Mazzariol, do Metrô de São Paulo e deputado Simão Pedro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Software livre A.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputado Simão Pedro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Software livre B.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Da redação

O deputado Simão Pedro coordenou, nesta quarta-feira, 8/12, a reunião da Frente Parlamentar pelo Uso do Software Livre, que contou com os palestrantes Gustavo Celso de Queiróz Mazzariol, do Metrô de São Paulo, Ricardo Bimbo, representante do ITI de Brasília, e Gregory Kwan Chien Hoo, do Incór paulista, todos especialistas no uso de software livre e entusiastas de sua disseminação na administração pública.

O primeiro palestrante, Gustavo Celso, fez um breve relato de como vem evoluindo a utilização de software livre dentro do metrô paulista, principalmente nas áreas de correio eletrônico e de automatização de escritórios, gerando uma economia de R$ 2 milhões/ano, aproximadamente 30% dos gastos do metrô com informática. Gustavo ressaltou a confiabilidade que o software livre conseguiu alcançar nos últimos anos, a ponto de ser escolhido por uma companhia que oferece serviço tão delicado para o funcionamento da cidade.

Ricardo Bimbo comentou, em seguida, os números obtidos na pesquisa elaborada pelo Comitê Técnico da Implantação do Software Livre e recebida de 88 órgãos da Administração Federal. Na média, os dados espelham um interesse crescente com o tema, mas um envolvimento pequeno com as etapas que devem ser cumpridas para a implementação dos programas, como disseminação da cultura, palestras, preparação dos técnicos etc. Ricardo alertou para a relativa importância da economia no uso dos softwares livres, e enfatizou que a criação de uma cultura própria de desenvolvimento de ferramentas é muito mais importante, porque acaba com a dependência cultural que os softwares proprietários criam. O técnico do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação falou de megatemas que devem ser considerados na implantação do software livre, entre eles a evasão de divisas - foram gastos mais de 6 bilhões de dólares com licenças de softwares nos últimos 5 anos - e a segurança nacional: "não podemos ficar reféns de estratégias e políticas desenvolvidas fora de nossas fronteiras para controlar sistemas como da Receita Federal, do INSS, Sivam, etc."

O terceiro palestrante foi Gregory Hoo, que falou sobre o Si3- Sistema Integrado de Informações Clínicas, o sistema desenvolvido pelo Incor paulista e que é conhecido como Prontuário Eletrônico. O sistema controla, com segurança, a vida médica do paciente, e funciona acumulando informações que não podem ser adulteradas. Controla exames, elabora laudos, reserva leitos e faz fechamento contábil. Com esses dados, as estatísticas ficam facilitadas e o SUS pode dirigir suas ações na saúde pública baseadas neles.

Ao final da reunião, os palestrantes cumprimentaram o deputado Simão Pedro pelo seu Projeto de Lei 404/2003, que dispõe sobre a utilização de programas de informática pela Administração Pública Estadual, e pelo seu apoio contínuo às iniciativas que discutem o tema.

alesp