Uma audiência pública solicitada pela deputada Beth Sahão (PT) foi realizada no auditório Franco Montoro, nesta quarta-feira (4/12), com o intuito de debater o corte de 55% no Programa de Ação Cultural (Proac), previsto no orçamento. O ator Sérgio Mamberti, que atua há mais de 40 anos na profissão, acredita ser necessária uma união para tentar reverter a situação. Para ele, a cultura dentro da administração pública está sendo diminuída. "Somos signatários da convenção da diversidade cultural. A importância da cultura está em todos os níveis, ela gera emprego, mas atua principalmente na questão de representação da diversidade cultural brasileira". "Essa é a nossa luta. Queremos respeito à cultura, respeito à liberdade de expressão e, principalmente, que o país cresça economicamente. Nós temos que colocar recursos nas indústrias que geram emprego, que geram impostos e que geram a nossa identidade", declarou o também ator Tadeu Di Pietro. Em 2009, o orçamento da pasta era de 0,71% do PIB. A promessa era de progressão até alcançar 2%. Dez anos depois, caiu para 0,5% do PIB, 178 milhões de reais a menos. Para a deputada Professora Bebel (PT), a cultura está sendo excluída. "Ela se vincula muito à identidade, à criação artística, então o estímulo e o fomento são necessários. Não adianta nada falarmos em avanço educacional, se não tivermos a cultura", afirmou. Segundo a deputada Beth Sahão, a porcentagem prevista é insuficiente para o mínimo. "O que você faz com 0,33% do orçamento? Mal dá para arcar com a folha de pagamento da secretaria, por isso resolvemos nos mobilizar. Quem sabe hoje a gente consiga tirar dessa discussão alguns encaminhamentos importantes para podermos levar adiante essa luta", comentou a parlamentar.