Livre-docente da USP condena reabertura das escolas

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26/04/2021 11:51 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Vitor Paro: ensino remoto é ruim, mas é melhor do que a morte<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2021/fg265499.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Para explicar a obstinação dos governos em manter as escolas funcionando presencialmente, o professor Vitor Paro recorreu a Karl Marx e até mesmo ao papa do liberalismo, Adam Smith, já que foi ele o primeiro economista a identificar o trabalho como fonte de toda a riqueza.

Em live promovida por Carlos Giannazi (PSOL), Paro, que é coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas em Administração Escolar (Gepae), da Faculdade de Educação da USP, afirmou que os governos vêm atendendo aos interesses do capital, que não está preocupado em quem vive e em quem morre.

Se a preocupação das escolas privadas é o lucro com as mensalidades, a pressão pela reabertura das escolas públicas tem objetivo de fazer cumprir sua dupla função na lógica capitalista. A primeira, de ser um "depósito de crianças" que libera os pais para o trabalho - e para a morte, se for o caso.

O livre-docente afirma que o ensino a distância (EaD) jamais substituirá o contato presencial. Entretanto, esse entendimento não pode ser usado para justificar a abertura das escolas neste momento. "Não se trata de uma opção. O ensino remoto é ruim, mas é melhor do que a morte."

Participaram do debate o vereador Celso Giannazi (PSOL) e Luciene Cavalcante, supervisora de ensino na rede municipal de São Paulo.

alesp