Em Bauru, deputado é impedido de visitar escola parcialmente fechada por causa de rachaduras

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29/03/2022 12:22 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Entre o sindicalista Marcos Chagas e o professor Carlos deputado Giannazi exibe ofício da Diretoria de Ensino que o impediu de entrar. Ao fundo tapumes escondem parte interditada da EE Ayrton Busch<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-03-2022/fg284440.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Os dirigentes da Apeoesp-Subsede Bauru estão indignados com a postura da diretoria de ensino daquela cidade, que, no dia 25/3, impediu o acesso de Carlos Giannazi (PSOL) à escola Ayrton Busch. "A Diretoria de Ensino foi comunicada um dia antes e mesmo assim não permitiu [a entrada do deputado], dizendo que tem de ser com aviso prévio. Ou seja, assumiram para si o poder de definição do que é aviso prévio. O que a diretoria tem tanto a esconder? Que na verdade as escolas não são iguais àquelas que o governo mostra na propaganda?", foi a réplica dos sindicalistas publicada nas redes sociais.

Para negar o acesso de Giannazi, a diretoria de ensino se baseou no Comunicado Externo 147/2021, editado há um ano pelo secretário Rossieli com o objetivo evidente de impedir o deputado de fiscalizar as escolas. Essa proibição aconteceu quase ao mesmo tempo em que Giannazi foi retirado da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, órgão em que atuou por 14 anos como membro efetivo, desde sua primeira eleição ao Parlamento estadual.

Apesar de não poder adentrar no equipamento público, Giannazi foi recebido em frente às grades do prédio pelo coordenador da Apeoesp-Bauru, Marcos Chagas, e pelo professor Carlos, que leciona naquela unidade. Mostrando os tapumes que impedem o acesso a uma sala de aula e a um conjunto de banheiros, o professor denunciou que a interdição da sala expulsou da escola as duas turmas que ocupavam aquele espaço. "A contragosto dos pais, esses alunos foram levados para várias outras escolas e, em muitos casos, eles estão sendo submetidos a trajetos que ultrapassam a quilometragem máxima definida pela regulamentação do transporte escolar", denunciou.

O professor ainda expressou seu receio de que o problema se agrave, uma vez que as rachaduras que levaram à interdição da sala se estendem por todo o prédio, o que pode fazer com que mais turmas venham a ser desalojadas. "Todas as salas de aula estão lotadas e novos alunos tentam se matricular nessa escola todos os dias. Com esse problema, nós estamos perdendo turmas hoje, e tudo indica que a situação pode piorar."

Conforme Marcos Chagas, também a Apeoesp vem enfrentando dificuldades para acompanhar a situação das escolas e dialogar com os professores. Mas ele entende por quê. "Para um governo que vive de propaganda, o grande medo é que a realidade apareça. Por isso esse ?AI-5? na educação, para que nós não possamos registrar a condição real das escolas", explicou.

"O secretário Rossieli vai ter de responder por negar o nosso acesso. Isso é inconstitucional e nós já estamos tomando as medidas jurídicas cabíveis", afirmou Carlos Giannazi, que vai pressionar a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) para que atenda às reivindicações da comunidade escolar e realize a necessária reforma estrutural.

alesp