Debater sobre os mais diversos desafios da Segurança Pública e fazer dessa troca de ideias a matéria-prima para futuros Projetos de Lei que beneficiem os profissionais da área e a sociedade em geral. Com esses objetivos, foi realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, nesta sexta-feira (25), o "2º Simpósio sobre Segurança Pública". O evento foi coordenado em parceria pelo deputado Capitão Telhada (PP) e o sargento da Polícia Militar, especialista nesta temática, Alexandre Guimarães. O juiz de direito militar Ronaldo João Roth esteve entre os palestrantes. "Sem segurança Pública não existe sociedade. Ninguém sai para estudar, trabalhar, fazer o seu lazer. Não existe Saúde, Educação, não tem qualidade de vida. Essa é a minha bandeira principal. Criar a Frente Parlamentar e realizar audiências públicas e simpósios como esse são ótimas ferramentas para contribuirmos com a discussão e dar a nossa parcela de contribuição à sociedade", afirmou Telhada. Futuro O encontro fomentou o tema Segurança Pública e trouxe especialistas no assunto para dentro da Alesp. "Isso é algo que enriquece o debate. É aqui o lugar onde precisamos trazer os assuntos que vão construir o nosso futuro. Estamos no Parlamento para trocar informações e convidar toda a sociedade civil a participar. Esses momentos nos oferecem embasamento para projetos futuros", comentou o parlamentar. Policiais militares, civis, representantes do Judiciário e do Corpo de Bombeiros também estavam entre os presentes. "A gama de conhecimentos que conseguimos unir neste evento é muito vasta. Por isso é importante que a sociedade civil participe também. Afinal, é para ela que nós trabalhamos", reforçou Telhada. Na pele Abrindo os trabalhos, o sargento Alexandre Guimarães lembrou que o Brasil é, hoje, o quarto colocado no mundo em homicídios dolosos, sendo o primeiro país em números absolutos de homicídios, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre drogas e crimes. "Temos uma taxa de resolução de crimes pífia. O Brasil também figura entre os países onde mais se mata policiais no mundo, tendo eu vivido isso na pele", lembrando que, em outubro de 2001, teve um primo policial militar rodoviário assassinado por um criminoso. Desafios Questionado sobre os principais desafios da Segurança Pública atualmente, o deputado Telhada apontou a falta de efetivo e de valorização dos profissionais como os principais problemas. "A Segurança Pública tem como maior desafio a questão do efetivo, que diminuiu muito ao longo das últimas décadas. Isso é algo desafiador para o nosso secretário e governador darem uma solução. O segundo ponto é a valorização do homem e da mulher policial. Outros governos valorizaram a questão de equipamento, do marketing que é mostrado para fora da corporação, mas se esqueceram do ser humano, do salário, da saúde física e mental, da valorização, da folga. Isso hoje tem seus reflexos negativos, como os alto índices de depressão e suicídio", afirmou o parlamentar.