Durante a sessão desta quinta-feira (5) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, os parlamentares lamentaram a morte de três médicos ortopedistas assassinados a tiros em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Paulo Fiorilo, Reis e Eduardo Suplicy, todos do PT; Carlos Giannazi (PSOL); Conte Lopes e Gil Diniz, ambos do PL; e a deputada Leci Brandão (PCdoB) repudiaram o crime, cobraram investigação e punição aos responsáveis e se solidarizaram com familiares e amigos das vítimas. Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro de Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim - irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) - foram mortos no ataque a tiros na madrugada de quinta, 5. Outro médico também foi ferido e está internado. O grupo de ortopedistas passava a noite em um quiosque após desembarcarem na capital fluminense para participar de um congresso da área. De acordo com a Polícia, mais de 30 disparos foram efetuados no ataque criminoso. "Exigimos a apuração imediata e esforços em conjunto para a prisão dos envolvidos", cobrou Paulo Fiorilo (PT). Orçamento 2024 Outro tema citado na tribuna foi a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2024, encaminhada à Alesp pelo governador Tarcísio de Freitas. Com previsão de receita de R$ 328 bilhões, o PL 1.449/2023 iniciou sua tramitação na Casa e deverá ser analisado e aprovado ainda neste ano. A proposta encaminhada pelo Executivo trouxe temas polêmicos, como a inclusão da privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). "Para que haja a privatização, a Alesp precisa aprovar o projeto e a população é contra", criticou Giannazi. Luiz Cláudio Marcolino (PT) também discordou dos valores previstos para serem destinados a cada área do Governo, em especial em relação à possível redução nos orçamentos das Secretarias de Desenvolvimento Econômico e de Educação. "O texto apresentado não representa as necessidades do nosso Estado", afirmou. Intolerância religiosa Casos recentes de intolerância religiosa também foram citados na sessão. Leci Brandão relatou uma situação de insultos a uma estátua de Nossa Senhora Aparecida recém-instalada na cidade de Bastos, no Interior paulista. Gil Diniz também subiu à tribuna para lamentar a destruição de uma imagem da Padroeira do Brasil na cidade de Sete Barras, no Vale do Ribeira. "Tenho recebido denúncias de intolerância e violações a Igrejas Católicas em diversas cidades. A gente precisa não só repudiar, mas cobrar para que esses criminosos sejam punidos exemplarmente", disse. Frente Parlamentar Rogério Santos (MDB) destacou, em sua fala, a criação da Frente Parlamentar em Prol da Vida e da Família, que conta com o apoio de 32 deputados e deputadas. "Vamos discutir sobre o aprimoramento da legislação estadual em vista da inviolabilidade da vida e proteção da família", comentou.