Parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo subiram à tribuna nesta sexta-feira (6) para abordar acontecimentos que dominaram a discussão pública durante esta semana. Os assassinatos de três médicos no Rio de Janeiro, as privatizações de linhas da CPTM e denúncias na área da Educação foram os principais assuntos abordados. Os discursos foram feitos durante sessão ordinária, que acontece de segunda a sexta-feira, das 14h às 16h, e é dividida entre Pequeno e Grande Expedientes, nos quais os parlamentares têm 5 e 10 minutos, respectivamente, para discursar sobre temas de livre escolha. Crime no Rio de Janeiro O deputado Reis (PT) falou sobre os assassinatos de três médicos paulistas mortos a tiros na última quinta-feira, 5, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O parlamentar comentou as investigações do crime e criticou a falta de ações por parte do Poder Público para combater a violência. "[Os governos] não conseguem dar resposta para esse crescimento da violência no Brasil, que não é de hoje, não é desse governo, mas que vem de muitos anos. Vemos as pessoas falarem que têm medo de ir ao Rio de Janeiro, então não é uma coisa que nasceu agora", disse Reis. Pesquisas de opinião Já o deputado Eduardo Suplicy (PT) abordou as recentes falhas nos trens da Linha 9-Esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitano). Suplicy enfatizou que a linha é uma das privatizadas do Estado e sugeriu a realização de um plebiscito para saber se os paulistas são a favor da privatização. "Que o governador respeite o resultado desse plebiscito", completou. Reforçando a importância de ouvir a opinião da população, Suplicy ainda comentou a pesquisa do Datafolha que registrou que 76% dos brasileiros são favoráveis à legalização do uso medicinal da Cannabis. "Avalio que temos que avançar em direção a legalização da Cannabis para fins medicinais", disse. Denúncias na Educação Por fim, o deputado Carlos Giannazi (Psol) levou ao Plenário da Casa as denúncias feitas por magistérios do Estado acerca do pagamento da bonificação por resultados para profissionais da Educação. De acordo com o parlamentar, muitos profissionais não receberam o bônus ou receberam valores incorretos. "Todos os dias temos uma denúncia na Rede de Ensino". Giannazi apresentou demonstrativos de professores e manifestou o pedido para que a Secretaria de Estado da Educação revise os critérios para o pagamento do bônus. "Os valores são uma afronta à dignidade dos profissionais da Educação. Exigimos a revisão imediata do bônus e que se faça justiça pelos professores".