Conflitos entre Israel e Hamas geram debates na Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana

O Colegiado da Alesp deliberou, nesta quarta, 11, sobre uma pauta de 24 itens
11/10/2023 16:04 | Comissões | Gustavo Oreb Martins, sob supervisão de Tom Oliveira - Foto: Larissa Navarro

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Comissão de Defesa da Pessoa Humana<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2023/fg311019.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Comissão de Defesa da Pessoa Humana<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2023/fg311000.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Comissão de Defesa da Pessoa Humana<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2023/fg311001.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais (CDD) da Alesp se reuniu, na tarde desta quarta-feira (11), para apreciar uma pauta de 24 itens. Após as deliberações e pedidos de vistas dos parlamentares, oito tópicos receberam aval, envolvendo projetos de lei, moções e requerimentos para a realização de Audiências Públicas na Casa de Leis.

Após a conclusão da pauta ordinária, os membros da Comissão manifestaram solidariedade às vítimas dos recentes ataques terroristas do grupo Hamas a Israel e, em seguida, debateram acerca de possíveis soluções para o conflito, apresentando opiniões divergentes em relação ao assunto.

Sobre isso, o presidente do Colegiado, Eduardo Suplicy (PT), disse enxergar o debate na Assembleia com bons olhos porque, mesmo com diferentes visões, cada um dos deputados apresentou seus argumentos visando o restabelecimento da paz. "Temos divergências aqui, mas temos em comum o desejo pela paz no mundo. Tanto nos conflitos entre Rússia e Ucrânia como em Israel e Palestina, de uma forma ou de outra, vejo que o diálogo pela paz está presente nesta Comissão e neste Parlamento", declarou.

Visão dos parlamentares

A fim de contextualizar os colegas, a deputada Beth Sahão (PT) relatou sua ida até a região da Faixa de Gaza, onde ela pôde perceber, de fato, como os palestinos são "subordinados e confinados" pelo exército israelense dentro do próprio território. "Eu reprimo qualquer forma de terrorismo, independentemente de onde venha. No entanto, é preciso compreender, da mesma forma, as condições de vida do povo palestino. (...) O Hamas é fruto de todo esse sofrimento. Estão completamente errados, claro, mas é preciso fazer uma análise equilibrada do que realmente acontece naquele lugar", ponderou.

Já o deputado Altair Moraes (Republicanos) apresentou outra visão sobre o conflito. Segundo ele, a intenção do grupo terrorista Hamas não é lutar pelo território palestino, mas sim destruir Israel e torná-la uma Palestina radical. "Existem outros grupos dentro da Palestina que são respeitados e pacíficos com Israel, na intenção de criar territórios autônomos para os dois lados, diferente do que querem os radicais. O grande problema é a guerra, que se utiliza da religião para gerar violências e covardias. Nós, da Comissão de defesa dos Direitos Humanos não podemos nos calar com tantas atrocidades acontecendo", afirmou.

Além de lamentar a tragédia, o deputado Major Mecca (PL) também fez questão de trazer à tona a precaução que o Brasil deve tomar para não ser tomado pelo "terrorismo do crime organizado", em suas palavras. "A tragédia ocorreu, infelizmente, com os cidadãos de Israel. Entretanto, aqui mesmo, no Brasil, devemos lembrar que existem grandes facções criminosas, responsáveis por levar à morte muitos jovens moradores das periferias, menos favorecidos e mais facilmente atingidos pelo crime organizado. Acredito que qualquer forma de terrorismo deve ser reprimida fortemente, em qualquer lugar", disse.


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