A Comissão Parlamentar de Inquérito dos Golpes com Pix e Clonagem de Cartões procedeu, na tarde desta quarta-feira (22), a oitiva de Marcelo Luiz Barone, promotor criminal, representante do Ministério Público do Estado de São Paulo. Foram debatidas as principais ferramentas no combate aos golpes realizados com Pix, dentre elas, a possiblidade da captação de dados da geolocalização no momento da transferência. Geolocalização e segurança Segundo Barone, a geolocalização possibilitaria aos policiais uma rápida identificação do local do golpe, assim amenizando os danos à vitima até mesmo em casos de sequestro. O promotor ainda atribuiu a responsabilidade da regulação e do emprego desta tecnologia ao Banco Central, que poderia impactar diretamente nos processos da transferência Pix dos demais bancos, proporcionando uma atuação mais efetiva na esfera administrativa. O promotor ainda comentou sobre o impacto da conscientização das medidas de segurança propostas, caso aplicadas. "Isso faria com que os criminosos, sabendo que a geolocalização está ativada, poderiam ser localizados rapidamente, por isso muitos nem cometeriam o crime, essa ferramenta faria com que diminuísse muito esse tipo de delito", disse Barone, dando ênfase aos impactos de campanhas de conscientização sobre a ferramenta de segurança, impulsionadas pelo Poder Público e pela imprensa em geral. Relatório Final O deputado Itamar Borges (MDB), presidente da Comissão, junto aos deputados Altair Moraes (Republicanos), Maria Lúcia Amary (PSDB), Luiz Claudio Marcolino (PT), Rômulo Fernandes (PT) e Alex Madureira (PL), aproveitaram a reunião para divulgar o próximo encontro da CPI, no dia 5 de dezembro, no qual será apresentado o relatório final. Quando perguntado sobre o conteúdo do relatório, o deputado Altair Moraes apresentou os temas abordados, além do método de revisão. "O nosso relatório será baseado em todas as oitivas que nós tivemos aqui. Nesse resumo de tudo o que foi ouvido, nós vamos tentar 'enxugar' ao máximo para que haja de fato posturas sérias, do Banco Central, da Febraban, [...] vamos extrair o melhor para a população, invocando o Ministério Público, fazendo um trabalho sério", disse.