Os parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo repercutiram, durante a Sessão Ordinária desta quinta-feira (7), a visita do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, à Comissão de Segurança e Assuntos Penitenciários da Casa. O chefe da Pasta cumpriu, na tarde de ontem (6), o mandamento constitucional que obriga os secretários de Estado a prestar contas de seu trabalho às comissões permanentes. Da tribuna, o deputado Conte Lopes (PL) elogiou a atuação do Governo na área e celebrou o fato de que, pela primeira vez, o chefe da Segurança do Estado é um policial. Para ele, isso faz com que Derrite tenha mais conhecimento sobre o trabalho dos policiais. O parlamentar também enalteceu a atuação da Polícia no combate ao crime organizado na Baixada Santista. "É necessário que se coloque a Polícia Civil e Militar para trabalhar lá, sempre. 24 horas por dia, o mês inteiro, o ano inteiro. A polícia não é de esquerda ou de direita, é pra dar segurança pra população", defendeu. Por outro lado, Eduardo Suplicy (PT) destacou uma resposta do secretário a uma pergunta sua sobre supostas violações de direitos humanos na Baixada Santista. Segundo o deputado, Derrite afirmou que 'não reconhece nenhum excesso da Polícia' nas operações no litoral até que cheguem denúncias oficiais aos órgãos competentes das polícias. "Apesar da fala de Derrite sobre a falta de denúncias formais contra as operações, relatos de moradores, entidades e da própria promotoria apontam indícios de abusos", disse o parlamentar. Em seu tempo regimental, o deputado Reis (PT) também repercutiu algumas das perguntas que fez ao secretário durante a oitiva. O parlamentar questionou o secretário acerca de mudanças no quadro de servidores da Polícia Civil, da gratuidade para policiais em ônibus intermunicipais e do grupo de trabalho que estuda a regulamentação da nova Lei Orgânica das Polícias Civis, aprovada recentemente no Congresso Nacional. "Diversos grupos profissionais da Polícia Civil estavam reclamando que não foram convidados para participar desse grupo de trabalho. É importante que haja representantes das categorias, dos sindicatos na construção da minuta da regulamentação", comentou Reis. Outros assuntos A deputada Leci Brandão (PCdoB) também participou da Sessão e falou sobre a realização da 4ª Conferência Nacional de Cultura, em Brasília. Acontecendo desde o início da semana, o evento é organizado pelo Ministério da Cultura e pelo Conselho Nacional de Política Cultural, e tem por objetivo debater as políticas para o setor cultural no país. Por fim, o deputado Carlos Giannazi (Psol) utilizou a tribuna do Plenário JK para demonstrar apoio à mobilização dos servidores municipais de São Paulo. Segundo o parlamentar, os profissionais reivindicam melhores salários e condições de trabalho e são contrários à contribuição previdenciária municipal de 14%, além da reformulação do estatuto do magistério da cidade.