Durante a Sessão Ordinária da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, realizada nesta sexta-feira (8), Dia Internacional das Mulheres, os deputados enalteceram a luta feminina e discursaram sobre representatividade na política e em cargos de comando. Também foram destacados desafios a serem superados, como a violência de gênero, por exemplo. Diariamente, na Sessão Ordinária da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, os parlamentares dispõem do Pequeno e do Grande Expedientes, momentos nos quais podem falar sobre temas diversos, por até 5 e 10 minutos, respectivamente. Resistência O deputado Reis (PT) celebrou a força e resistência das mulheres que lutam por pautas de igualdade em diversos âmbitos, reiterando que muitas áreas como Educação, Segurança e mercado de trabalho ainda precisam de manutenção e melhorias na qualidade de vida feminina. "As mulheres são maioria no mercado de trabalho com ensino superior, representando 60,3% deste total, no entanto, elas ocupam apenas 39,3% dos cargos de liderança e gerência. Elas trabalham mais e recebem menos, então, ainda tem muito a ser trabalhado nessa luta por direitos", explicou Reis, mencionando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo assunto, os deputados Eduardo Suplicy (PT) e Lucas Bove (PL) lamentaram dados que apontam um aumento no número de feminicídios. Para Bove, "é preciso refletir sobre esse aumento para exaltar as qualidades e ampliar o respeito às mulheres não só hoje, mas todos os dias". Outros temas No âmbito de planejamento e organização do Poder Público, o deputado Suplicy incentivou o diálogo entre Governo do Estado e Assembleia Legislativa, propondo que seja realizada, no início dos anos legislativos, uma ação para alinhar metas e objetivos, bem como as ferramentas para cumpri-los, entre os poderes. Discursando sobre Educação, o deputado Carlos Giannazi (Psol) criticou a distribuição de renda no ensino da escola cívico-militar, proposta pelo Governo do Estado. Segundo o deputado, no projeto, consta uma maior parcela de renda direcionada aos policiais que atuarão nas escolas. De acordo com o parlamentar, deste modo os agentes receberiam uma quantia maior que a dos professores, algo que seria injustificado.