Dois projetos em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo foram destaque na Tribuna Virtual desta sexta-feira (7/5). O primeiro deles trata da divulgação de casos de Covid-19 nas escolas. Já o segundo fala sobre a exclusividade de vagas em creches para mulheres responsáveis pelos cuidados íntimos das crianças. O Projeto de Lei 249/2021, apresentado pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL), obriga o governo estadual a divulgar os índices de contaminação por Covid-19 entre profissionais da educação, alunos e prestadores de serviços das unidades escolares. "Inclusive saiu uma matéria ontem sobre isso, dizendo que a gestão Doria não divulga dados de Covid-19 em professores da rede estadual", comentou Giannazi. "A Secretaria da Educação tem de divulgar esses dados", afirmou ele. A deputada Professora Bebel (PT) mencionou também a matéria. "Esses dados são importantes até para confirmar se estamos errados. Ao não dar os dados, confirma-se que não está certo abrir as escolas em plena pandemia", disse. Giannazi citou resultados de pesquisas que indicariam aumento da contaminação com escolas abertas. "Estudo feito pela Rede Escola Pública e Universidade (Repu) mostra que os profissionais da educação têm três vezes mais chances de se contaminar do que o restante da população", afirmou. O parlamentar também citou pesquisa feita pela universidade Johns Hopkins, que diz que "familiares de estudantes em aulas presenciais tem de 30 a 47% mais chance de pegar Covid-19". Para Bebel, a "volta às aulas não deveria atender a lógica do mercado, mas a lógica da ciência". "Precisamos saber qual é o grau de contaminação", disse. Ainda na temática da educação, a deputada Janaina Paschoal (PSL) informou que a liderança do PSL vai pedir urgência ao Projeto de Lei 1.174/2019. "O projeto prevê que apenas profissionais do sexo feminino poderão trabalhar nos cuidados íntimos das crianças nas creches", disse. A parlamentar ressaltou que o projeto não proíbe que homens trabalhem em creches, mas que eles não participem dos cuidados íntimos das crianças. "O intuito é dar tranquilidade para as famílias que se sentem incomodadas com essa novidade de homens participarem dessas atividades", disse a deputada. Confira a Tribuna Virtual na íntegra: