Tecnologia incorporada pela Polícia Científica do Estado de São Paulo agiliza solução de crimes

Scanner 3D pode ser utilizado para reconstituição de cenas de crimes e identificação de suspeitos
07/05/2021 15:18 | Entrevista | Da redação

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Em entrevista concedida para o Jornal da Rede Alesp nesta sexta-feira (7/5), a chefe da Equipe de Perícias Criminalísticas Oeste, Karin Kawakami, falou sobre o equipamento de modelagem 3D que vem sendo utilizado pela Polícia Técnico-Científica do Estado de São Paulo.

O scanner 3D é um dispositivo utilizado em todo mundo para a criação de representações digitais da realidade. Por meio de feixes de laser infravermelho, o equipamento é capaz de medir pontos de densidade e recriar ambientes em versões virtuais.

Karin Kawakami explicou como a tecnologia é capaz de auxiliar o trabalho da polícia. "Se feito no momento do exame pericial, o escaneamento 3D consegue imortalizar a cena do crime", disse. A perita explicou que com os feixes de laser, é possível detectar manchas escondidas em roupas, marcas de sangue e até mesmo analisar fotografias de crimes ocorridos há anos.

Para Karin o novo método é superior ao tradicional, pois "com a documentação sem o scanner, temos apenas alguns aspectos da cena do crime, e com o 3D conseguimos analisar toda a dinâmica em 360 graus".

Além da riqueza em detalhes que o equipamento é capaz de captar, a tecnologia permite dar agilidade aos trabalhos de investigação. "O trabalho de levantamento fotográfico que levaria seis horas pode ser feito em 30 minutos com a utilização do scanner", explicou a perita criminal.

Segundo Karin, a principal aplicação que a Polícia Técnico-Científica de São Paulo tem dado ao scanner 3D tem sido na reconstituição de acidentes de trânsito e em crimes contra pessoas.


alesp