Aproximadamente 50 capelães de credos variados receberam o título Doutor Honoris Causa nesta sexta-feira (24), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, durante cerimônia promovida pela Ordem dos Capelães do Brasil (OCB), entidade sindical com quase meio milhão de religiosos filiados. As honrarias foram outorgadas pela Faculdade Febraica e levam em conta o trabalho em defesa da paz social. O caráter inter-religioso do serviço de capelania civil predominou nos discursos da solenidade. A pastora evangélica e presidente da OCB, Elizabeth Ferraz, afirmou que o trabalho de "levar mensagens de conforto, amor e esperança para presídios, escolas e hospitais" é objetivo comum de diferentes crenças. "A capelania é direito de todos, [e] de todas as religiões", ressaltou. Sacerdote do candomblé e um dos diretores da Ordem dos Capelães do Brasil, Akoda Akinyàlé ressaltou o papel relevante desempenhado pelos capelães civis na luta pela liberdade religiosa. Também diretor da OCB, o capelão Arariboia, que é índio pataxó, endossou que o projeto nobre da categoria é o amor pelo próximo. "Não estamos brigando por religião", disse. O vice-prefeito de Vargem Grande Paulista, Capitão PM Evandro Teixeira, que também é capelão, foi um dos homenageados com o título Honoris Causa. Evandro é presbítero da Igreja Assembleia de Deus. O evento ocorreu no Legislativo paulista, a pedido do deputado estadual Delegado Olim (PP), para celebrar o dia estadual do Capelão - 30 de novembro em São Paulo por força da Lei 13.751/2009 - no contexto mais ligado à capelania militar. Capelão Civil Tramita na Alesp um projeto de lei (PL 290/2022) instituindo o dia estadual do Capelão Civil (21 de junho). A proposta, do ex-deputado Campos Machado, já recebeu aval da Comissão de Constituição, Justiça e Redação. O texto aguarda o parecer conclusivo da Comissão de Administração Pública e Relações do Trabalho.