Uma curiosa mas sugestiva fusão entre o vivo cromatismo, tipicamente tropical, e o purismo da composição, mais tradicional, pode definir a característica dominante do processo criativo de Cleuza Giroldo. E o resultado é uma festa de cores vivas, linhas decisivas e marcadas; a pintura dessa artista é apreciada pela precisão que dela emana.

Trata-se de uma pintora genuína que faz somente o que sente. Executa suas obras com segurança, técnica e equilíbrio, tanto na delicadeza quanto no rigor das pinceladas que transmitem a fiel preocupação de ser uma interprete fiel, ora impressionista e sempre eficaz.

Assim nascem suas composições florais, seus ângulos ecológicos, suas naturezas mortas, carregadas de tensões quase metafísica, quentes de sopros mágicos.

Sua percepção cria um estado de graça e de ênfase, sinônimos de uma carga interpretativa que a faz realizar e transmitir com felicidade a idéia original na sua orgânica harmonia e na sua luminosa espiritualidade.

A força do sentimento humano de Cleuza Giroldo constitui a marca inconfundível dessa artista e define como a continuidade dos valores tradicionais, unida a uma interpretação moderna pode alcançar excelentes níveis artísticos.

O que pinta não foi programado ou meditado: é instintivo, apaixonado e de uma verdade evidente e agressiva, como na obra Rosas rosa, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, que produz ao espectador emoção e grata admiração.









A artista



Cleuza Maria Giroldo nasceu em 1948, na cidade de São Joaquim da Barra, São Paulo. Formou-se em Educação Artística pela Faculdade UNAERP e pós-graduação em Marcketing na Fundação Álvares Penteado. Realizou diversos cursos como: folclore no MASP, óleo sobre tela com a professora Marisa Gallerani, desenho artístico no Liceu de Artes e Ofícios com o professor Alfredo Carlos da Silva, pintura OST, com o professor Sirton Genaro, pintura e composição espacial com a professora Sara Goldman Belz, aprendizagem da Arte e Pintura Contemporânea na USP, professoras Ana Amália Barbosa, Rejane Coutinho e Sofia Fan.

Participou de inúmeras exposições, individuais e coletivas, destacando-se entre elas: "Jardim das Artes", Santos; Praça Abílio dos Santos Branco, Praia da Enseada, Guarujá; 1º Salão de Artes Plásticas do Guarujá; (2000); Espaço Cultural Shopping Center Sílvio Romero, Tatuapé; Espaço Cultural "Vereador Alberto Marques", Câmara Municipal; Galeria Duarte Masano, Pitangueiras, Guarujá; VII Salão de Artes Plásticas do Jornal das Artes, Clube Ipê São Paulo; Acqua Mundo, Aquário Guarujá, SP (2001); "Formas e Cores", Associação Paulista de Medicina; "Cores, Formas e Emoções", Centro Cultural da Marinha, SP; V e VI Salão da Marinha, Associação Paulista de Belas Artes; XXXIII Salão Primavera da Associação Paulista de Belas Artes (2002 e 2003); "The Collection Bar", Espaço Infraero, Congonhas, SP (2002) e Espaço Cultural V Centenário, Assembléia Legislativa (2003).

Possui obras em diversas coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.