Pintor da serenidade, Pedro Gava colhe as mais íntimas sugestões figurativas e as transporta ao núcleo de sua intenção poética. Resgata a forma com uma sentida ansiedade expressiva e, ao mesmo tempo, a valoriza, firmando assim sua necessidade de sublimação e de fé.

Das telas do pintor emana uma agradável mensagem de otimismo, uma tranqüila bonomia que invade as paisagens e os personagens por ele retratados: homens humildes, aposentados em manga de camisa, velhos jogadores de boccia.

Suas composições possuem um cromatismo luminoso, que transmite vibrações e sugestões: são obras que demonstram como a maneira de tratar a cor é em Pedro Gava uma qualidade adquirida através de experiências e pesquisas que alcançam o equilíbrio de uma síntese inteligente.

Ruskin costumava dizer que "a calma é a atividade da arte no seu nível mais elevado". Na obra de Gava, o componente humano e o natural constituem uma realidade. Os efeitos da cor compõem, em cada quadro, uma atmosfera serena e idílica. Os elementos humanos que integram a composição criam a representação dessa realidade.

Nas obras Roda de Amigos, Prêmio de Aquisição da Assembléia Legislativa no 51º Salão Paulista de Belas Artes, e Matriz de Itatiba, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, encontramos, na justa medida, harmonia e equilíbrio da composição e uma clássica cadência rítmica das formas e da cor.



O artista

Pedro Gava nasceu em Itatiba, SP, em 1954. Iniciou seus estudos artísticos em Campinas, com o consagrado artista plástico Aldo Cardarelli, no curso técnico de pintura da Universidade Católica de Campinas (1974).



É autor de importantes afrescos nas igrejas de Nossa Senhora do Carmo, Santo Antônio e Nossa Senhora das Graças e de uma maravilhosa Via Sacra na Basílica Menor de Nossa Senhora do Belém, todas em Itatiba. Esculpiu em cedro, como mascote de um navio contratorpedeiro da Marinha Brasileira, um "galo".



Participou de 77 salões oficiais e de 30 exposições individuais, recebendo três medalhas de ouro, três de prata e duas de bronze, além de doze prêmios aquisitivos e quatro menções honrosas. Convidado pelos governos dos respectivos países, realizou três exposições na Bolívia e duas no Peru. Na qualidade de membro de Júri de Arte foi convidado de dez salões oficiais.



Em 1988, recebeu o Prêmio Governador do Estado no 50º Salão Paulista de Belas Artes e, em 1989, o Prêmio de Aquisição da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo na 51ª edição daquele salão. Possui obras em coleções particulares e oficiais no Brasil e no exterior e no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.