Lideranças avaliam significado político da posse de Lembo


31/03/2006 16:27

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Gilberto Kassab, senador Romeu Tuma, vice-almirante José Carlos Cardoso, comandante do 8º. Distrito Naval, senador Marco Maciel, o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebello, e o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Roberto Tripoli<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/posse altoridades.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Cláudio Lembo faz pronunciamento na cerimônia de posse<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/posse.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A cerimônia de posse de Cláudio Lembo como governador do Estado reuniu diversas lideranças políticas do Estado e do país. Gilberto Kassab compareceu como vice-prefeito da capital paulista, já que sua posse como prefeito dependia ainda do posicionamento oficial de José Serra como candidato ao Governo do Estado. "Vim à cerimônia como representante do prefeito José Serra e companheiro de Lembo", afirmou. Elogiado por Cláudio Lembo em seu discurso de posse, Kassab explicou que o reconhecimento era devido à sua atuação como coordenador da reformulação do PFL no Estado. "A posse de Cláudio Lembo nos deixa muito orgulhosos, pois dá seqüência ao excelente trabalho desenvolvido por Geraldo Alckmin", disse.

Quanto a uma possível aliança com o PSDB, Kassab afirmou que as conversas vêm ocorrendo e que, provavelmente, um dos desdobramentos será a indicação pelo PFL dos nomes dos vices em nível nacional e estadual.

Para o senador Jorge Bornhausen (PFL-SC), presidente nacional do partido, com as posses de Lembo e de Kassab, o PFL dá um passo muito importante. "Com a candidatura Serra, temos um candidato muito forte em São Paulo, e o PFL não tem nenhuma dúvida em apoiá-lo. Daqui para frente, caberá ao nosso partido em São Paulo participar das tratativas para a formação de chapa. A legenda tem autonomia e dois grandes líderes que se transformaram em governador e prefeito. Eles saberão definir a melhor maneira de o PFL agir em São Paulo", afirmou. Para o senador, as posses de Lembo e de Kassab são a continuidade administrativa dentro de um programa aprovado pelos paulistas e que vem dando certo, como sinalizam as avaliações positivas dos governos de Geraldo Alckmin e do prefeito José Serra.

O ex-vice-presidente da República e senador pelo PFL Marco Maciel afirmou que são dois fatos de grande importância para o Estado as posses de Cláudio Lembo e de Gilberto Kassab. Maciel considerou quase certa a coligação com o PSDB. "Para que ela de fato se efetive só falta a indicação para o vice na chapa de Geraldo Alckmin", finalizou.

O presidente da Assembléia, deputado Rodrigo Garcia (PFL), considerou um símbolo muito forte de respeito à democracia o fato de a posse do novo governador do Estado ser realizada na Assembléia. "O partido foi eleito nas urnas em 2002, quando a população elegeu Geraldo Alckmin governador e Cláudio Lembo vice. Foi uma chapa democrática, eleita pela maioria dos paulistas", disse.

Quanto à questão jurídica sobre a possibilidade de assumir como vice-governador, já que vai se candidatar a deputado, afirmou que a questão tem sido debatida pelo TSE, que emitiu norma declarando a possibilidade jurídica de exercício interino do cargo. "Espero não ter nenhuma necessidade de, na ausência do governador Cláudio Lembo, ter que assumir", disse Garcia. Sobre a candidatura de Serra, afirmou que esperava ainda o anúncio oficial do atual prefeito, mas que a candidatura dele empolga o PFL. "O presidente Bornhausen tem dito que a coligação entre PSDB e PFL é auto-explicável, são dois partidos que mantiveram a coerência depois de 2002, fazendo uma oposição responsável ao governo federal. E se for desejo de Serra, ele conta com o nosso entusiasmo. Até então, Guilherme Afif é nosso pré-candidato a governador. Se a decisão do PSDB for o lançamento da candidatura de Serra, internamente o PFL vai dialogar sobre a decisão", disse. Sobre a expectativa do governo de Lembo, afirmou que nos próximos nove meses ele irá consolidar o projeto vitorioso de Geraldo Alckmin, pois ambos têm os mesmos princípios.

Perguntado sobre a instalação de CPIs, principalmente a que envolve as denúncias contra a Nossa Caixa, deixou claro que o Legislativo paulista tem um regimento interno diferente do Congresso Nacional, pois prevê a aprovação de CPIs pela maioria da Casa. "O Supremo Tribunal Federal entende diferente, a Câmara dos Deputados tem um regimento diferente. Eu, como presidente da Assembléia, apesar de concordar que a CPI é um instrumento de minoria e de já ter apresentado um projeto de resolução de alteração do dispositivo regimental para que a concordância de um terço de deputados seja suficiente para a instalação de CPI, tenho que cumprir o regimento atual. Temos debatido esta questão com o Colégio de Líderes e o Legislativo encontrará seu caminho. Mas afirmo que o fato da não-instalação de uma CPI não quer dizer que a Assembléia não investigue e não fiscalize o Poder Executivo. Através das comissões, a Assembléia tem se mantido firme na postura fiscalizadora, requisitando documentos e convocando autoridades públicas. É assim que o Parlamento deve se portar, com equilíbrio e com responsabilidade", afirmou Rodrigo Garcia.

Também estiveram presentes à posse de Lembo o deputado federal Rodrigo Maia; o senador Romeu Tuma; o secretário Lars Grael; o secretário Mauro Arce; o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Roberto Tripoli; o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebello; e o deputado federal Thomas Nonô.

alesp