CPI da Pedofilia aprova convite a novos depoentes


11/05/2010 19:22

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José Bruno<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2010/JOSEBRUNOCPIPEDOF.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em fase de coleta de dados para subsidiar seus trabalhos, a CPI da Pedofilia aprovou nesta terça-feira, 11/5, requerimentos de informação dirigidos a secretários de Estado e ao ministro Luiz Eduardo Pereira Barreto Filho, do Turismo. O objetivo dos requerimentos, apresentados pelo deputado José Bruno (DEM), presidente da CPI, é formar um quadro, a partir de dados coletados por esses órgãos, sobre as regiões, as classes sociais e faixas etárias mais atingidas por crimes de pedofilia. A comissão pretende ainda avaliar a ocorrência dessa prática em suas ligações com o turismo.

Entre os secretários estaduais que devem prestar informações por escrito à CPI estão Paulo Renato Souza, da Educação; Luiz Roberto Barradas Barata, da Saúde; e Nivaldo Campos Camargo, da Assistência e Desenvolvimento Social.

Além disso, foram convidados a depor na CPI, em datas a serem definidas, o promotor José Carlos Blat e o delegado do Deic José Mariano Araújo Filho. Segundo os membros da comissão, esses dois profissionais têm, nas esferas judicial e policial, significativa atuação na apuração e no combate à prática da pedofilia.

Também devem prestar depoimento à comissão o prefeito Maurício Rasi, de Porto Ferreira, cidade em que foram denunciados diversos casos de pedofilia, e o procurador Paulo Afonso Garrido de Paula, um dos redatores do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Em sua quarta reunião, os membros da CPI decidiram criar uma sub-relatoria com o tema Pedofilia e autoridades, para analisar casos praticados por líderes ou autoridades institucionais, como religiosos e políticos. A sub-relatora será a deputada Vanessa Damo (PMDB). A relatora geral da CPI é a deputada Beth Sahão (PT).

"Sabemos que casos de abuso contra menores acontecem nas instituições. Não considero o assunto delicado a ponto de ferirmos uma instituição, porque tenho a consciência de que isso não é culpa da igreja, por exemplo, mas do indivíduo que pratica esse ato", constatou o presidente. "Com um procedimento ético, podemos fazer isso por meio da CPI".

alesp