Eliomar Tesbita: simbolismo tradicional e realidade atual através da xilogravura

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
28/09/2007 09:52

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Eliomar Tesbita<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Eliomar Tesbita 2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> <i>Pescadores em descanso</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Pescadores em descanso PB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Eliomar Tesbita passou por uma experiência bem rica, assimilando, sempre de maneira original, alguns aspectos fundamentais da cultura baiana, passando do realismo ao expressionismo e à neofiguração. Essas várias fases de seu caminho artístico, na difícil arte da xilogravura, foram sempre acompanhadas de cuidadosas pesquisas sobre a região de Canavieiras, sua terra natal, sobre o cacau e sobre o homem do campo.

Mas o que conta para Tesbita " um misto de artista e de contador de histórias " é sua permanente fidelidade ao ser humano, aos seus problemas do dia-a-dia, aos produtos da terra em síntese, ao tenaz instinto humanístico que se destaca de cada obra.

A xilogravura é, antes de tudo, para o artista, a compreensão da condição humana " seja quando grava na madeira o idoso, a mão que colhe o cacau, a cabana de sapé, o pescador de camarão, o jangadeiro, as praias do litoral baiano, a procissão de São Boaventura, obras nas quais a carga humana e o forte realismo de Eliomar são revividos numa situação entre o simbolismo tradicional e a realidade atual.

Nas xilogravuras Vila de Jacarandá e Pescadores em descanso, doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, sua denúncia vigorosa nasce do interior de uma complexa visão da realidade aberta a desenvolvimentos novos e positivos. O traço e as estruturas anatômicas se unificam numa figuração que resulta na participação comovida à condição humana, paralelamente à sua mensagem de liberdade vital.



O artista

Eliomar Tesbita Monteiro nasceu em Canavieiras, sul da Bahia, em 1951. Transferiu-se para São Paulo, onde atualmente vive. Formou-se em artes plásticas pela Faculdade de Belas-Artes de São Paulo (1980); especializou-se em crítica das artes pela Unesp/APCA (1982); fez pós-graduação em administração e marketing pela ESPM (1987), em administração hoteleira pelo Senac (1997) e em controladoria pela Fundação Álvares Penteado (2000).

Realizou mais de uma centena de exposições individuais e coletivas, no Brasil e no exterior, dentre as quais se destacam: I Salão de Arte Contemporânea de Jundiaí (1975); Conselho Consultivo dos Produtores de Cacau, Itabuna, BA (1978); V Salão de Belas-Artes Brasil-Japão (1980); Centro Cultural de Novo Hamburgo, RS (1982); Galeria do Sesi/Fiesp, São Paulo (1985); VII Mostra de Arte da Faculdade Alcântara Machado, São Paulo (1993); Oficina de Xilogravura - Sesc Pompéia - São Paulo (1995); Arte no Papel, Museu Banespa (1998); Galeria Funarte/AAPC, Sagrado e Profano, São Paulo (2001); e Arte em Xilogravura - Biblioteca Pública Municipal Mário de Andrade, São Paulo (2002).

Suas gravuras encontram-se em acervos oficiais e particulares, dentre os quais destacam-se: Museu de Arte Contemporânea de Americana; Galeria do Sesi/Fiesp; Galeria Aliança Francesa; Galeria UCBEU; Casa da Cultura, Ilhéus, BA; Jornal Tabu Canavieiras, BA; Biblioteca Municipal de Canavieiras, BA; Esporte Clube Banespa; Clube Samambaia, Dourados, MS; Secretaria de Esportes e Turismo do Estado de São Paulo; Museu Banespa e Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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