Assembléia Popular





"Educador é vocação"
A impunidade aos maus professores acaba transformando a escola numa instituição de tortura, acusou Mauro Alves da Silva, do Grêmio Social Esportivo Recreativo Sudeste. Participante freqüente da Assembléia Popular, ele voltou a apresentar casos de agressões e constrangimentos a que alunos de escolas públicas são submetidos. "Professor é profissão, educador é vocação. O que precisamos ter nas escolas são educadores", afirmou. Ele lembrou ainda que, graças a recente decreto do prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), disciplinando os afastamentos de servidores municipais, foram reduzidas em 90% as ocorrências de licenças obtidas por professores da rede paulistana.
Fraca e inadequada
Uma política de segurança fraca e inadequada. Essa foi a avaliação feita por Maria Lima Matos, delegada de polícia aposentada, sobre a maneira como o governo paulista vem atuando nesse setor. "O povo de São Paulo não pode exercer seus direitos e sua liberdade porque vive em estado de terror", ela afirmou. Segundo Maria Matos, o governo viola a ordem jurídica ao descumprir convenções, leis e tratados internacionais da área de direitos humanos, ratificados pelo governo brasileiro. Entre os locais mais atingidos pela falta de segurança ela citou Parelheiros, Embu e Guaianases. "Fundei uma ONG e estarei em todos os Institutos Médicos Legais (IMLs) e presídios para acompanhar as violações de direitos humanos", concluiu.
Regras do jogo
A presidente do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos, Cremilda Estella Teixeira, protestou por ter sido impedida de se pronunciar na última edição da Assembléia Popular. Segundo ela, embora tenha preenchido a ficha de inscrição com a devida antecedência, o fato de entregá-la um minuto e meio depois do prazo estipulado impediu seu acesso à tribuna. "E uma representante do sindicato dos professores, que chegou depois de mim, conseguiu falar. Como isso é possível? As regras do jogo precisam ser claras", reclamou Cremilda. Para ela, essa mesma duplicidade de regras ocorre na escola pública, onde os estudantes vêem os professores assumirem atitudes condenáveis. "Quando isso acontece, os alunos perdem o referencial", ela concluiu.
Chicote nos alunos
Anderson Cruz, do Instituto Pau-Brasil, disse que na Carolina do Norte (EUA), por volta de 1850, as escolas tinham regras claras - para cada tipo de indisciplina do aluno já havia previsão de quantas chicotadas deveriam ser dadas. Cruz questiona se, atualmente, também não há "chicotadas". Para ele, os métodos antiquados ainda usados pelas escolas são uma espécie de punição aos alunos. Anderson criticou também as entidades representativas dos alunos. Para ele, a UNE está mancomunada com o Governo Federal, e em razão disso não mobiliza estudantes para protestar contra tantos escândalos.
Acidentes na escola
Representante da Comunidade de Olho na Escola Pública, José Roberto Alves da Silva voltou à tribuna para denunciar maus-tratos sofridos por crianças e adolescentes nas escolas públicas. Ele falou que a entidade recebeu reclamação da mãe de um aluno da escola estadual Davi Eugênio dos Santos. Segundo ele, a mãe se disse "indignada" com a falta de providências concretas após acidente com seu filho, dentro da escola, ocorrido em julho de 2004. Alves afirmou, ainda, que a mãe relatou à entidade perseguições após esse acidente e a ocorrência de novo acidente, este em circunstâncias "misteriosas". Por fim, José Roberto pediu que a Secretaria da Educação não demore tanto a tomar as providências necessárias.
Tortura na escola
Pai de um menino de sete anos, aluno da escola Davi Eugênio dos Santos, Percival Moura Nunes, se disse preocupado com possível perseguição que seu filho possa sofrer naquela escola. Segundo ele, professores o trataram como "marginal", e estavam tentando induzi-lo a sentir um delinqüente. Percival afirmou que aquela escola trata os alunos com "solavancos", rasgam folhas de caderno quando erram alguma lição. Prosseguiu afirmando que qualquer discordância é resolvida aos berros e os alunos são postos no "paredão" (ficam voltados para uma parede durante certo tempo), dentre outros "castigos humilhantes". Segundo Percival, os alunos têm que comer o lanche " que às vezes é servido pela metade " no banheiro, por falta de espaço no pátio. Disse, ainda, que em casa seu filho não é indisciplinado. A forma desrespeitosa com que ele é tratado na escola é que o deixa nervoso a ponto de demonstrar animosidade com seus colegas.
Indignação
Ao comparar as escolas estatuais às unidades prisionais, Rodolpho Barbosa, presidente do Rotaract de São Paulo - Vila Formosa, disse estar indignado com a situação a que foram transformadas as unidades escolares. "As escolas transformaram-se em feudos, onde reina absoluto o diretor, que impõe sua própria lei sem considerar o ECA ou qualquer outro preceito legal", afirmou Rodolpho. O presidente do Rotaract lamentou que as escolas estejam cheias de grades, sob o pretexto de garantir a segurança. "Pergunto-me se o secretário Gabriel Chalita é de fato secretário da Educação ou da Administração Penitenciária", disse.
Cartas anônimas
Pedro Cabral, colunista do Jornal Tribuna de Barueri, denunciou que vem recebendo ameaças por meio de cartas anônimas. O colunista supõe que as ameaças possam estar relacionadas com notícia veiculada em sua coluna, onde informava aos leitores que o atual prefeito de Barueri, Rubens Furlan (PPS), responde a 16 processos, a maioria deles por improbidade administrativa. No mesmo texto, Cabral relatou que o ex-prefeito, Giberto Macedo, também tem contra si 29 processos.
Faz de conta
Everton Soares Ferreira, do Movimento Social da Cidadania Balneário São José, afirmou que vivemos uma época de "faz de conta". "O prefeito José Serra faz de conta que está melhorando a saúde ao instalar novas unidades, mas na realidade a situação continua a mesma, com pessoas conseguindo vaga para passar pelo médico somente após uma espera de dois meses", disse. "O PT também faz de conta que irá mudar, ao permitir que o "campo majoritário", de José Dirceu, continue a dominar o partido e apresentar candidato às próximas eleições internas", afirmou Everton. O líder comunitário lamentou também o descaso do PSDB com a região do Guarapiranga, que ainda espera a aprovação de lei específica para regularizar os loteamentos em seu entorno.
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