A secretária estadual de Saneamento e Energia, Dilma Pena, compareceu à Comissão de Serviços e Obras Públicas da Assembleia, nesta terça-feira, 22/6, para discorrer sobre as atividades da pasta, principalmente referentes às ações tomadas em relação ao período de forte chuva pelo qual a capital paulista passou de dezembro a janeiro passado, o que ocasionou várias enchentes na várzea do rio Tietê.

Na exposição, ela apresentou relatório de um estudo feito pela equipe do professor Mário Thadeu, da USP, sobre a situação do Estado ante essas condições adversas. Ela explicou que as chuvas de janeiro atingiram uma marca 93% acima da esperada. Além disso, a secretária lembrou que choveu por 45 dias seguidos " de 8/12/2009 a 21/1/2010 " o que agravou a situação.



Jardim Romano



O deputado Simão Pedro (PT), presidente da comissão, indagou especificamente sobre a região do Jardim Romano, local que mais sofreu no período chuvoso. Segundo ele, o desassoreamento e a readequação das famílias que se encontram na várzea são imprescindíveis para restaurar o leito do rio e resolver o problema de enchente naquele local. A secretária esclareceu que foram reservados R$ 15 milhões para a região, sendo que 60% desses recursos já foram aplicados.

Observando o alto índice de chuva no período, Orlando Morando (PSDB) disse que São Paulo foi "vítima" de ação da natureza. O parlamentar quis saber também sobre a parceria entre o DAEE e a Dersa para a construção da ciclovia Via Parque, na marginal Tietê, e se o cronograma da obra está no prazo. Outros questionamentos de Morando foram sobre obras na represa Billings e de piscinões na região do Grande ABC. A secretária disse que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) tem interesse em financiar a obra na várzea do Tietê. Ela esclareceu que as demais obras também se encontravam dentro do prazo previsto.



Plano de obras



Na síntese apresentada ao final da exposição, Dilma afirmou que o governo do Estado tem investido em canalização de vários córregos, construção de piscinões e estruturas hidráulicas e melhorias no sistema de alertas a inundações em São Paulo. Essas obras já superam o montante de R$ 13 bilhões, sendo que 60% desse valor será gasto até o final do ano.

Ainda segundo Dilma Pena, há ações nos 645 municípios do Estado em saneamento básico e infraestrutura e há uma meta de que a Região Metropolitana de São Paulo esteja, até 2018, atendida em sua totalidade em relação a água e esgoto. Outras ações citadas foram em relação à preservação de mananciais e do litoral paulista.