Cubismo despojado, forte cromatismo e figuras graves: a tônica da pintura de Sérgio Centurión


Forças interiores diversas parecem estimular cada vez mais o pintor Sérgio Centurión, orientando-o em direção a objetivos diferenciados, direcionando-o para um certo cubismo despojado ou conduzindo-o a um figurativismo banhado pela clara luminosidade de sua terra de adoção: a Bahia.
De imediato, sua pintura se nos parece imponente e um tanto agressiva, mas, em seguida, ela se humaniza e ganha em plenitude. Fruto de uma profunda meditação sobre nossa realidade, ela se constitui numa síntese de ritmos e de movimentos harmoniosos, que refletem o espírito do habitat que o cerca. De construção severa e de rigorosa economia de valores, suas figuras humanas, pintadas em tonalidades fortes, possuem uma forte energia de expressão.
Apesar de possuir uma grande autonomia, a lição cubista é marcante na pintura de Centurión e lhe impõe sua sobrevivência. A forma e a cor nascem desse encontro. É no cromatismo e em seus critérios contraditórios que o artista se move e se impõe perfeitamente. O rigor está presente em sua criação: seja na cor e seus ritmos, seja nas formas que surgem estruturadas em seu élan e em sua inovação original.
Embora com certa rigidez, suas obras transmitem o calor da terra baiana, são de um estilo conciso e viril no qual encontramos as aspirações e as pesquisas de um artista que se exprime espontâneo. A obra "Meninos puxando barquinho", doada ao Acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, reflete as angústias e as aspirações de um artista que se exprime com autenticidade na análise dos problemas sociais.
O Artista
Sérgio Centurión nasceu em Maldonado, Uruguai, em 1951. Estudou desenho e pintura a óleo no Atelier Maldonado, sob a orientação de Manolo Lima, antigo discípulo de Joaquim Torres Garcia. A partir de 1980, ministrou cursos sobre cerâmica no Instituto Kerameiros, em Porto Alegre e no Instituto de Artes Casa Velha, Novo Hamburgo. Em 1981 realizou uma viagem de estudos pelo Brasil, Peru, Bolívia e Chile e participou do curso de desenvolvimento de Cerâmica Pré-Colombiana com o professor José Yaminaki, em Lima, Peru e 1982 ministrou curso de cerâmica no Museu Arqueológico dos Andes, Chile. Após ministrar para ceramistas em Florianópolis (1996), formou um grupo de ceramistas em Anitápolis, BA e criou um curso de cerâmica em porto Seguro, BA (2002).
Sua primeira exposição, data de 1974, inicialmente no Salão Ateneu e posteriormente no Centro Espanhol em Maldonado. Seguiram-se as seguintes exposições: Salão Ateneu, Punta Del Este, Uruguai (1975, 1977 e 1979); Galeria Acali, Punta Del Este, Uruguai (1975, 1978 e 1979); Teatro Presidente, Porto Alegre, RS (1976); Galeria Azul, Country Club, Punta Del Este; Bienal Museu de Arte Americano, Maldonado, Uruguai (1977); I Bienal de Pintores Jovens, Montevidéu (1978); Galeria Singular, Porto Alegre, RS (1980); Casa da Cultura "San Felipe"; Feira Internacional dos Andes e Circulo Italiando, Los Andes, Chile (1983); "Arte na Rua", Punta Del Este, Uruguai; Galeria de Arte La Esquina, Barranquilla, Colômbia (1985); "Pintores Fernandinos", Circulo Italiano de Maldonado e na Prefeitura de Flórida, Uruguai; III Salão Nacional de Artes, Maldonado, Uruguai (1986); Galeria de Arte Contemporânea; Salão Vaz Ferreira e Galeria de Arte Ciudadela, Montevidéu (1987 e 1988); Galeria Municipal San Felipe el Real, Chile (1989); Espaço Cultural da Universidade Católica do Chile (1990); II Trienal de Pintura de Kochi, no Cho Paper Museum, Japão; Congresso do Chile (1993); Palácio Legislativo,Montevidéu (1997); Espaço Cutural Mercosul e Centro Integral de Cutulra, Florianópolis, SC (1999); Galeria Marisa Solbermam, Florianópolis, SC (2001); Galeria da Preta, Porto Seguro, BA (2003); Consulado do Uruguai, Salvador, BA (2004).
Suas obras encontram-se em diversas coleções particulares e oficiais no Uruguai e no Brasil, notadamente no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.
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