Frente Parlamentar da Segurança Pública reúne representantes de entidades policiais
04/11/2011 21:45



Sindicalistas de entidades policiais, reunidos nesta sexta-feira, 4/11, no auditório Paulo Kobayashi da Assembleia Legislativa, voltaram a denunciar a precariedade das condições de trabalho em que são obrigados a trabalhar na defesa da segurança da população paulista. A audiência foi convocada pela Frente Parlamentar da Segurança Pública, presidida pelo deputado Olimpio Gomes, líder do PDT na Casa.
A ausência do deputado Olimpio Gomes na audiência pública foi justificada por Carlos Giannazi, líder do PSOL, que informou a necessidade de Gomes comparecer ao Ministério Público para levar denúncias relativas ao caso da suposta venda de emendas parlamentares.
A audiência foi coordenada por João Batista Rebouças da Silva Neto, presidente do Sindicato dos Investigadores do Estado de São Paulo.
Mobilização
Giannazi parabenizou a mobilização dos policiais, muitos dos quais vieram de cidades distantes participar da audiência. "A luta de vocês é de toda a população paulista. Estamos todos no mesmo barco, professores, policiais, servidores da saúde e da educação".
Segundo Carlos Giannazi, o governo estadual trata mal seus servidores e engana a população com aumentos salariais que de fato não representam muito, já que os indíces de reajuste foram divididos, como no caso do magistério, em quatro anos, diluindo os ganhos. "Dinheiro há", revelou, ao citar excesso de arrecadação nas contas do governo. Conforme suas declarações, só no primeiro semestre deste ano o governo acumulou R$ 4 bilhões acima da previsão orçamentária. "Até outubro (de 2011) foram acumulados R$ 2 bilhões. No final de dezembro, (o excesso arrecadado) poderá chegar a R$ 7 bilhões".
O deputado defendeu ainda que os policiais continuem mobilizados pela aprovação da PEC 300/2008 pelo Congresso Nacional. "A aprovação dessa PEC é determinante para que se possa estabelecer um piso nacional a todos os policiais", garantiu.
A Proposta de Emenda à Constituição 300/2008, do deputado federal Arnaldo Faria de Sá, estabelece que a remuneração dos policiais militares dos Estados não poderá ser inferior à da Polícia Militar do Distrito Federal, aplicando-se também aos integrantes do Corpo de Bombeiros e aos inativos.
A voz da polícia
Emocionado, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Jundiaí e Bragança, Cesar Wanderley Gava, embargou a voz ao resumir o sentimento geral da classe: "Tenho 22 anos de Polícia (Civil). Muita coisa vi e vivi. Não tenho uma punição, não fico atrás de mesa, gosto da rua porque está no meu sangue ser policial. E vejo, todo dia, nossa dignidade ser abalada porque não temos salários e nem condições de trabalho dignos". Gava relatou, como exemplo de suas afirmativas, que no distrito em que trabalha os policiais tiveram de se cotizar para comprar uma impressora e tinta para poderem imprimir os documentos.
De acordo com ele, em sua região faltam 18 delegados. "Na cidade em que trabalho existem quatro unidades da Polícia Civil e apenas um delegado para cuidar de todas elas. Por aí dá para imaginar quantos policiais faltam".
Outra crítica do sindicalista foi o Executivo tentar dividir a categoria, apresentando um projeto de reajuste salarial para policiais e um outro específico para delegados. "Não tenho nada contra os delegados, mas somos uma única polícia. Não é justo como o governo nos trata".
Participaram também da audiência representantes de policiais militares e policiais civis vindos das cidades de Bauru, Lins, Assis e do Vale do Paraíba.
O presidente do Sindicado dos Investigadores, João Batista Rebouças, destacou o baixo valor do salário-base da categoria: R$ 891,15. "Se eu morrer, minha mulher vai receber apenas a metade disso", declarou. Mesmo com os últimos reajustes, dados pelo Executivo à categoria neste ano, Rebouças afirmou que São Paulo continua sendo o Estado em que se paga o pior salário às polícias.
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