Assembléia Popular




CPI da criança
Mauro Alves da Silva, do Grêmio Ser Sudeste, cobrou da TV Assembléia a exibição de sua programação também aos sábados, domingos e feriados. Informou ainda sobre a realização da CPI da Criança na Câmara Municipal de São Paulo, instalada nesta quarta-feira, 14/2. Disse que a CPI deverá investigar a prática de maus-tratos às crianças de escolas públicas. Silva criticou a revogação de dois decretos, feita pelo prefeito Gilberto Kassab, que retiram das crianças benefícios concedidos às famílias (um deles o bolsa-escola) para pagar gratificações aos professores. Ele denunciou a ilegalidade da cobrança de uniformes das crianças por escolas públicas e citou o caso da Escola Brasílio Machado, "que está colocando crianças para fora porque não têm condições de comprar o uniforme".
Defesa da vida
Maria Lima Matos, delegada de polícia aposentada e integrante do Movimento de Mulheres em Defesa da Vida, criticou a segurança pública do Estado e disse que seu discurso é sempre em defesa da vida. Ela disse que "o governador José Serra tem uma biblioteca com mais de 8 mil livros, mas não sabe o que é Estado de Direito". Falou também da criação do Movimento de Mulheres em Defesa da Vida e disse que irá à Organização das Nações Unidas (ONU) para levar suas reivindicações. Chamou a política de segurança pública de São Paulo de imoral, ilegal e inconstitucional. Acusou o governador "de não colocar os policiais nas ruas para defender a população da periferia". Disse ainda que Serra vai ter o mesmo fim que o do ex-governador Geraldo Alckmin, que não respeitou o direito à vida.
Impeachment
Robson César Correia de Mendonça, do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua, iniciou seu pronunciamento dizendo que em São Paulo há um "desprefeito e um desgoverno". Disse que Gilberto Kassab é um "prefeito histérico, que sai com punhos serrados contra o povo numa praça pública e mostra descontrole mental quando agride cidadãos". Ele denunciou a presença na Polícia Militar de "muitos vagabundos vestindo farda". Mendonça sugeriu o impeachment do prefeito Gilberto Kassab e do governador José Serra. "A gente só muda a miséria de uma cidade ou Estado com saúde e educação. Vamos lutar para tirar estes dois maníacos da prefeitura e do governo do Estado."
Violência
José Roberto Alves da Silva, do Movimento Coep " Comunidade de Olho na Escola Pública ", falou sobre a comoção nacional por conta da tragédia ocorrida no Rio de Janeiro, onde um menino foi arrastado por um carro dirigido por marginais. Repudiou a atuação da grande mídia, que incita o povo à violência, como o apresentador José Luís Datena, "que promoveu pesquisa durante o seu programa sobre prisão perpétua ou pena de morte para esse tipo de crime".
Caos total
Merice Andrade de Quadros, da ONG Embu-Guaçu em Ação, falou sobre o problema com os trens ocorrido na última semana. Segundo a oradora, "o trabalhador precisa do transporte público para sobreviver". Ela disse que o setor da saúde vive um caos total, assim como a educação. "É criança que volta para casa porque não tem uniforme, criança rejeitada em creches por causa da aparência, quando os pais não têm nem condições de dar alimentos para seus filhos. O cidadão deve ser respeitado." A oradora voltou a defender o transporte gratuito. "Se o cidadão não tem dinheiro para pagar o transporte público, ele está sendo cerceado em seu direito de ir e vir."
Maus-tratos
Simone Aparecida de Andrade, mãe de um menor internado na Febem, falou em nome de outras mães de internos na instituição que sofrem constrangimentos nas visitas a seus filhos. "Falo em nome das mães que têm seus filhos espancados pela polícia. Fui visitar meu filho, e os guardas me perguntaram: "Tem mais filhos?". Davam risada e diziam que lá não é lugar de dar conselhos para os presos. "Volte lá e cuide dos outros filhos"", relatou. A oradora denunciou ainda as condições em que ficam os internados, sem camas e sentados no chão.
Filme de terror
Cremilda Estella Teixeira, do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos (Napa), declarou sua solidariedade a Simone Aparecida de Andrade e afirmou: "Enquanto as leis não forem obedecidas nas escolas, o futuro dos alunos é a internação na Febem". Ela declarou que é melhor passar uma borracha no que fez o governo anterior na área da Educação. Apelou ao governador José Serra e seu secretariado para que adotem uma nova política, cobrando deles maior presença para atender às reivindicações do setor.
Protestos
Para o cidadão Silvio Luiz Del Giudice a grande imprensa demonstra grande comoção com fatos como o ocorrido com o garoto arrastado preso a um cinto de segurança num percurso de 7 quilômetros por bandidos no Rio de Janeiro. Ele falou de seu "espanto e nojo com o tipo de comoção, quando milhares de crianças e jovens são torturados e humilhados e as autoridades nem tomam conhecimento". Giudice criticou os parlamentares, quem vivem com "mordomias" e não discutem essa situação com a seriedade necessária.
Amordaçado
Luiz Silveira, do Movimento Brasileiro Contra a Indústria da Doença, protestou por não ter sido publicada no Diário da Assembléia sua manifestação na tribuna da Assembléia Popular da última quarta-feira. Ele afirmou que foi "amordaçado" pelo jornal e reivindicou o direito de ter sua fala transcrita. Silveira denunciou o que chama de descaso na saúde pública, citando fatos como o da senhora que fez uma cirurgia e em cujo abdômen foi "esquecido" pelos médicos um bisturi. Citou também o fato de uma adolescente de Itapevi que aguarda autorização judicial para receber os medicamentos de que necessita.
Maioridade penal
Josanias Castanha Braga afirmou ser contra a redução da maioridade penal e ressaltou a necessidade de serem criados mais empregos para os jovens e de melhorias nas áreas de educação, saúde e assistência social, sob pena de os jovens caírem na marginalidade. Manifestou seu repúdio ao ocorrido com o garoto João Hélio, que morreu vítima da violência nas ruas do Rio de Janeiro. Lamentou ainda o comportamento do prefeito Gilberto Kassab no episódio que aconteceu numa unidade básica de saúde. "Ele não tem o direito de agredir um cidadão como o fez e ainda chamá-lo de vagabundo", afirmou.
Juventude desrespeitada
Anderson Cruz, do Instituto Educação São Paulo, protestou contra a postura de pessoas que utilizam a tribuna da Assembléia Popular para desrespeitar a opinião dos jovens. "Nós temos o direito de falar o que quisermos aqui", asseverou. Afirmou que a grande imprensa quer dar "carniça aos urubus" quando enfatiza crimes de menores e sugere a redução da maioridade penal: Manifesto-me radicalmente contra a redução da maioridade penal e a pena de morte", concluiu.
Inclusão digital dos deficientes
Marcelo Francisco Vilas, do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, reclamou da falta de atenção aos portadores de deficiência e reivindicou melhores condições de acessibilidade digital para essas pessoas. Segundo ele, além de os telecentros de São Paulo serem em número insuficiente, não apresentam condições adequadas de adaptação às diversas deficiências existentes. Destacou a importância do GT de Tecnologia, grupo de trabalho do conselho municipal, e concluiu pedindo a volta do Orçamento Participativo em São Paulo.
Fim das catracas eletrônicas
Alaor Amadeu dos Santos, do Alto Comando Democrático Cristão dos Eleitores do Brasil, insurgiu-se contra os abusos que os "excluídos da sociedade", especialmente os idosos, os deficientes e os desempregados, vêm sofrendo no transporte público. Para ele, há leis municipais e estaduais semelhantes às leis da Alemanha nazista, que submetem os excluídos a humilhações e violência. "Pedimos o fim da carteirinha, do cartão e da catraca eletrônica", concluiu.
Contra a redução da maioridade penal
Willian Aguiar do Prado, do Movimento Saúde Parelheiros, exigiu que os nascidos em berço de ouro parem de marginalizar a população oprimida. Na opinião de Willian, é fácil reduzir a maioridade penal quando na realidade deveria haver um sistema público de saúde e educação eficiente. "Se o cidadão tiver condições de se manter, dificilmente vai roubar ou matar", considerou. No final, lançou um desafio: "Consertem a saúde e a educação, e depois falem em redução da maioridade penal e na pena de morte."
Silêncio dos intelectuais
José Leonilson de Queiroz Almeida, do Movimento Popular de Saúde, disse que o que o aflige não são os berros de um morador de rua ou a indignação de uma mãe que tem seu filho torturado, mas o silêncio dos intelectuais. "A hipocrisia dos intelectuais que se calam diante do povo, que sucumbe sem educação e sem cidadania, é o que me incomoda", vociferou.
PT no poder
Rodolpho Barbosa, da União da Juventude Paulista, disse que estão tentando tolher as manifestações da Assembléia Popular. "Tenho o direito constitucional de falar o que quiser", asseverou. Segundo ele, não adianta fazer "denuncismos" baratos, mas é necessário falar, por exemplo, que o PT quer se perpetuar no poder. Exemplo disso, disse Rodolpho, é a provável indicação de Marta Suplicy para o Ministério da Educação com o objetivo de construir CEUs e transformá-los em verdadeiros currais eleitorais.
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