Faleceu nesta sexta-feira, 12/8, no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, o ex-deputado estadual Antonio Rezk.

Nascido na cidade Marília, Estado de São Paulo, em 18 de maio de 1933, era filho de Abrahão Calil Rezk e de Catharina Hage Rezk. Formou-se como técnico de contabilidade pela Escola de Comércio 30 de Outubro e em Estudos Sociais, pela Faculdade de Ciências e Letras de Ribeirão Pires.

Sua vida pública iniciou-se quando foi eleito, em 15 de novembro de 1972, vereador pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), do qual foi um dos fundadores, à Câmara dos Vereadores do Município de São Paulo, para a legislatura de 1973-1977. No pleito de 15 de novembro de 1976, candidatou-se à reeleição, obtendo uma suplência, mas assumindo o mandato no Legislativo municipal.

Em 15 de novembro de 1978, foi eleito deputado estadual, com 53.434 votos, ficando em 8º lugar entre os eleitos pelo MDB.

Durante a 9ª Legislatura (1979-1983), foi membro efetivo da Comissão de Redação, e substituto nas Comissões de Economia e Planejamento e de Transportes e Comunicações, no primeiro biênio. Entre 1981-1983, foi membro efetivo na Comissão de Economia e Planejamento e substituto na de Assuntos Metropolitanos.

Nas eleições de 15 de novembro de 1982, foi reeleito deputado estadual pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), obtendo 73.142 votos, ficando em 11º lugar entre os integrantes de sua bancada.

Na 9ª Legislatura (1983-1987), no primeiro biênio foi membro efetivo da Comissão de Finanças e Orçamento Redação e substituto na de Relações do Trabalho.

Com o fim do bipartidarismo, foi um dos re-fundadores do Partido Comunista Brasileiro (PCB), e seu líder entre 1985-87, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

Em 1985, fez parte da delegação de deputados de São Paulo convidados pelo governo da República Árabe Síria para participar da "Conferência dos Parlamentares Americanos Descendentes de Origem Árabe", que se realizou em Damasco em outubro daquele ano.

Fez parte da Comissão de Representação da ALESP, no Congresso da Conferência Nacional das Classes Trabalhadoras (Conclat), realizada em março de 1986, na cidade de Praia Grande (SP).

No pleito de 15 de novembro de 1986, candidatou-se novamente ao Palácio 9 de Julho, mas apesar de ter sido o mais votado do seu partido, com 13.585 votos, o PCB não obteve o coeficiente eleitoral e não conseguiu eleger nenhum deputado.

Estudioso das questões sociais, escreveu o livro "A Revolução do Homem", editado em 2001, no qual estudou com pioneirismo a Antropologia Política. Era presidente do Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais e Tecnológicos (IPSO) e primeiro vice-presidente da União Brasileira dos Escritores (UBE), da atual diretoria eleita em março de 2004.

Era casado com Elza Chaim Rezk, com quem teve quatro filhos.

O corpo do ex-deputado Antonio Resk foi velado no Hall Monumental da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. A sessão desta sexta-feira 12/8 foi levantada em homenagem ao ex-parlamentar.

O enterro foi programado para as 10h deste sábado 13/8, no cemitério do Araçá.