Pinceladas românticas de Henrique Passos retratam São Paulo antiga e moderna





No ano em que a cidade completa 450 anos, mais um presente lhe é concedido. Desta vez, a homenagem vem da Bahia, pelas mãos do artista plástico Henrique Passos. O pintor baiano expõe na Assembléia Legislativa trinta telas a óleo em linho que retratam paisagens de São Paulo, em sua trajetória de grande metrópole.
Inaugurada nesta segunda-feira, 20/9, no Hall Monumental da Assembléia Legislativa, a exposição de Henrique Passos remete aos anos 1910 e 1920, a algo de romântico, de tempos em que a grande metrópole confusa e cheia de problemas era mais calma, em que a vida corria mais devagar. A Estação da Luz, o Teatro Municipal, o Anhangabaú, os bondes elétricos e os lampiões da iluminação pública evocam o passado de uma cidade tranqüila e organizada, mas que apontava para o crescimento, que se revelou muito rápido. Por outro lado, o Parque do Ibirapuera, mais recente (1954), revela-se uma ilha de bucolismo entre os arranha-céus.
Henrique Passos, autodidata na arte da pintura até os 22 anos, ingressou então na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, onde se formou. Segundo sua própria definição, Henrique tem um viés de arquiteto, trabalhou como ilustrador e cenógrafo, mas a pintura sempre foi sua verdadeira vocação. Isso se faz visível na precisão das pinceladas a óleo sobre enormes telas, em cores ao mesmo tempo realistas e românticas: "eu trabalho a paisagem de modo bem documental e, dentro dessa leitura, entra o meu lado romântico, que faz parte de minha natureza", diz.
Há 18 anos atrás, morou em São Paulo por dois anos. Muito observador, já retratou Salvador e faz parte de seu projeto artístico retratar em paisagens as capitais brasileiras.
E não pára por aí: entendimentos já apontam para um intercâmbio com Portugal e França. Henrique Passos define seu estilo (apuradíssimo) como "um enfoque realista com os olhos voltados para o impressionismo". E mais: "busco os referenciais para a pesquisa e ali insiro a harmonia das cores, das minhas cores."
A vernisage
A inauguração da exposição de Henrique Passos na Assembléia Legislativa de São Paulo na noite desta segunda-feira, 20/9, foi prestigiada por parlamentares, cônsules de várias nacionalidades, artistas, amigos e parentes do pintor. Ao lado do presidente da Assembléia, deputado Sidney Beraldo, participaram das homenagens ao artista o deputado federal Walter Feldman (PSDB-SP), que foi o solicitante da exposição na Assembléia paulista, Edmur Mesquita, secretário adjunto da Cultura do Estado de São Paulo, Francisco Sena, secretário municipal da Cultura de Salvador e presidente da Fundação Gregório de Matos, o deputado baiano Gilberto Brito e o superintendente do Acervo Artístico e Cultural da Assembléia legislativa de São Paulo, Emanuel von Lauerstein Massarani.
O presidente da Assembléia, deputado Sidney Beraldo, recebeu a doação do quadro Pateo do Colégio das mãos de Passos. A obra passa agora a integrar o Acervo Artístico do Parlamento Paulista, que já conta com mais de 650 obras. Beraldo disse que a exposição de Passos é uma importante contribuição para a integração e interação entre as culturas que integram a cidade de São Paulo, cidade síntese e também "a cidade mais baiana do Brasil, depois de Salvador".
O deputado Walter Feldman disse que a exposição de Henrique Passos é uma das mais importantes e extraordinárias já realizadas na Assembléia. Feldman revelou seus amores por São Paulo, pela arte e pela Assembléia, sem deixar de ressaltar ainda sua adoração pela Bahia, que será sempre, segundo ele, a mais autêntica e avançada expressão cultural do Brasil.
A homenagem da Bahia a São Paulo deu o tom da inauguração da exposição de Passos. Emanuel Massarani lembrou o registro do historiador Afonso de Taunay, que sublinhou a escassa iconografia existente sobre a cidade de São Paulo. Por isso, a importância ainda maior da obra de Passos, que retrata a cidade enfatizando sentimento romântico, destacando cores e luz em tons equilibrados. Segundo Massarani, " Henrique Passos nos faz reviver a Paulicéia Desvairada de Mário de Andrade".
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