Reitor da USP expõe atividades da instituição

DA REDAÇÃO
As Comissões de Cultura, Ciência e Tecnologia, de Educação e de Finanças e Orçamento reuniram-se na tarde desta quarta-feira, 5/11, para acompanhar a exposição feita pelo reitor Adolpho Melfi sobre as atividades desenvolvidas pela Universidade de São Paulo.
O reitor dissertou sobre as várias instituições ligadas à USP, como o Museu do Ipiranga, a Estação Ciência, o Instituto Dante Pazzanese, o Museu de Arte Contemporânea, entre outros. Melfi enumerou também unidades instaladas no interior do Estado: Faenquil (Lorena), Esalq (Piracicaba), Instituto Oceanográfico (Cananéia e Ubatuba), Centrinho (Bauru) e os campi de Ribeirão Preto, São Carlos e Pirassununga.
Melfi destacou o campus Zona Leste, que deverá entrar em funcionamento em 2005 com dez cursos e 2.500 novas vagas. Entre as atividades futuras, o reitor salientou o programa de formação de professores da rede pública de ensino e fez questão de esclarecer que 25% da produção científica brasileira provém da USP -- de cada 250 descobertas feitas no mundo, uma é ali desenvolvida.
Melfi esclarece dúvidas
O deputado Roberto Felicio (PT) quis esclarecimentos sobre as dificuldades de financiamento, a isenção nas taxas de vestibular para alunos do ensino público, os museus que oneram o orçamento da USP -- e poderiam ser transferidos para outras secretarias - e sobre recursos da Educação para formação de professores.
A preocupação da deputada Ana Martins (PCdoB) é a ampliação do orçamento das universidades, a garantia de 50% das novas vagas para egressos do ensino público, o aumento de vagas, o regimento da USP Zona Leste e os cursos a serem ministrados naquele campus.
Carlinhos de Almeida, deputado do PT, indagou se os funcionários da recém- incorporada Faenquil poderiam ser integrados ao quadro da USP e ter os empregos garantidos.
Solução para o alto número de evasões (cerca de 30%) e criação de cursos voltados às necessidades da comunidade da Zona Leste foram os questionamentos do deputado Simão Pedro (PT).
A esse primeiro bloco de perguntas o reitor respondeu que o programa de formação de professores tem verbas especificadas, que aumentar o número de isentos será difícil em razão do alto custo do vestibular (R$ 8 milhões) e que as cotas devem ser bem pensadas, pois o critério a prevalecer para o ingresso de alunos é o de melhor qualificação. Para Melfi, melhorar o ensino público médio é a melhor maneira de assegurar acesso ao nível superior. Os museus são de fato onerosos, mas a USP não avaliou se seria adequado abrir mão desses institutos. O campus da Zona Leste deve se submeter ao mesmo regimento dos demais campi, por se tratar de unidade de ensino ligado à USP. Sobre o aumento de alunos, o reitor informou que a universidade tem um modelo voltado à pesquisa, o que não permite grande número de alunos.
Os funcionários da Faenquil precisam prestar concurso para serem incorporados à USP -- entretanto, terão mantidos os empregos.
Foi criado pela universidade um projeto voltado especialmente à Zona Leste e o novo campus terá setores de pesquisa e extensão universitária.
Novo bloco de perguntas
Jonas Donisete, deputado do PSB, falou sobre os benefícios que institutos ligados à USP trazem à população -- por exemplo, o Centrinho de Bauru -- e sobre a contribuição financeira de alunos provenientes de famílias com melhores condições de renda, de forma a custear os mais carentes.
Vicente Cândido, deputado do PT, reforçou a questão das cotas e cobrou a abertura da USP nos finais de semana, além de frisar o empenho do Governo Federal na ampliação de cursos universitários.
O líder comunitário da Zona Leste, Padre Ticão, sugeriu que o Estado forneça auxílio financeiro a alunos que abandonam os cursos por precisar trabalhar e não ter como conciliar horários, enquanto Enio Tatto (PT) pleiteou a USP da Zona Sul e a revisão do estatuto geral.Edson Gomes, parlamentar do PFL, propôs que a USP adote o modelo da Unesp e procure instalar mais cursos no interior do Estado. Ary Fossen (PSDB) elogiou as atividades e o esforço para o aumento de vagas feitos pela universidade.
Universidade não pode fazer muito
Melfi finalizou sua participação, informando que a contribuição atualmente possível nas universidades públicas para o facilitar o acesso a cursos superiores é a luta para o aumento de capacitação de professores do ensino médio -- conhecimento que deve se refletir em maior aproveitamento, por parte dos alunos, do que lhes é transmitido. "O aumento de cursos poderia vir de iniciativas do Governo Federal, uma vez que outros Estados brasileiros possuem várias faculdades federais e São Paulo conta com apenas duas", declarou o reitor, lembrando que a USP tem funcionado nos finais de semana, com visitantes que adentram o campus mediante apresentação de documentos.
Melfi reconhece que a evasão é preocupante e que a USP tem oferecido benefícios aos alunos carentes, num montante de 28 milhões de reais.
A instalação de campus na Zona Sul, considerada reivindicação justa, é um pedido que deverá ser conduzido numa próxima gestão. " Campus no interior a USP possui vários e fica difícil instalar outros. O que pode ser feito é um tipo de parceria, como já ocorre em São Carlos, onde a Fatec está utilizando instalações da Universidade de São Paulo para um curso noturno", concluiu o reitor.
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