A figura humana de Sandra Semeghini: plasticidade com derivação neoclássica


28/08/2007 10:24

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Hermes, de frente<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/obra_hermesdefrente.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Sandra Semeghini<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Sandra Semeghini.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Hermes, de costas<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/obra_hermesdecostas.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Através da argila, do húmus deforme e dissociado, Sandra Semeghini escava, perscruta em si própria, em sua arte e no próprio seio da terra, eis que, como por magia, aparecem e nascem suas esculturas que revelam dotes incomuns e resultam de uma observação aguda e de fortes sentimentos.

Para a artista, a imaginação e a invenção não podem criar algo de mais importante, de mais belo, de mais atraente do que a figura humana, fixada pela atenção que lhe é reservada. O tema do corpo humano, tão importante na época acadêmica de derivação neoclássica, é por ela desenvolvido através de uma exemplificação e num sentido próximo do novo realismo. A plasticidade da forma realiza a sua continuidade no espaço e põe em evidência o seu duplo papel vital, tanto nos plenos quanto nos vazios. Ambos são substâncias de densidades diversas que se movem uma no outra, permanecendo distintos, sem se misturarem mas em perfeito equilíbrio entre eles.

Examinando momentos, atitudes e atividades, individuando uma série de situações que vão do repouso à dança, repropondo uma seqüência de imagens significativas de nus femininos os mais diversos, suas esculturas são tratadas com um verismo quase lírico.

Na obra Hermes, doada ao Museu da Escultura ao Ar Livre, Sandra Semeghini se revela uma escultora-poeta que consegue transmitir através da própria arte, todo aquele mundo em que somente o verdadeiro artista pode viver.

A artista

Nasceu em Itápolis, SP, Brasil. Formou-se em Letras pela Universidade de São Paulo e teve orietação artística de Manoel Martins Menacho. Cursou escultura no atelier Kislansky, xilogravura no MASP e gravura no Atelier Piratininga em São Paulo.

Realizou diversas exposições, individuais e coletivas, entre as quais destacam-se: I, II e III Salão de Artes Plásticas de Santo Amaro, SP (1989, 1991 e 1993); I Salão de Artes Plásticas do Jornal das Artes, Fundação Mokiti Okada, SP (1995); Clube Atlhético Paulistano, SP; I Salão Nacional de Artes Plásticas do Amazonas, AM (1996); XIX e XX Salão da Marinha do Rio de Janeiro, RJ (1997 e 1998); "Expressões Contemporâneas", Espaço Cultural Leonardo da Vinci, SP (1999); "Artuel", Salão Internacional de Arte Contemporânea, Beiruth, Líbano (2000); Mostra da Academia Brasileira de Arte, Cultura e História, Casa da Fazenda do Morumbi, SP; Centro Internacional de Artistas Contemporâneos, Tivoli, Itália; International Artexpo, Nova York, EUA (2001); IV Bienal Internacional de Arte, Roma, Itália; Index 2002, Cairo, Egito (2002); XII Europ"art, Genebra, Suíça (2003).

No decorrer de sua carreira artística recebeu inúmeros prêmios, menções honrosas e diversas medalhas, possui obras em importantes coleções particulares e oficiais e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp