E vão querer proibir também as facas?

Já que os eleitores irão às urnas, domingo, 23/10, para responder a uma pergunta, ainda é tempo para reflexão. É a terceira vez que isso ocorre no País em pouco mais de 40 anos, desde o plebiscito de 1963, em que se optou pelo fim do regime parlamentarista, e o do período posterior à Constituição de 1988, em que foi rejeitada a possibilidade de volta da monarquia. Desta vez, o povo é convocado para decidir se abre mão de um de seus direitos básicos, o de usar armas em legítima defesa. Logo que a proposta de desarmamento surgiu, há quatro anos, manifestei posição contrária. E tenho insistido em minha tese pelo "não" no absurdo referendo imposto pelo governo petista. Como deputado estadual e como jornalista especializado em segurança pública, só posso ir contra essa tentativa de enganar o povo. Ao contrário do que pregam o governo e os defensores do "sim", proibir a comercialização de armas não contribui para reduzir os altos índices de violência e criminalidade no Brasil.
Felizmente, o bom senso parece prevalecer. Pesquisa do Ibope que a mídia divulgou a pouco menos de uma semana do referendo mostrou que 49% da população é a favor do "não", e 45% opta pelo "sim". Essa diferença pode aumentar, pois os cidadãos perceberam a cilada armada por determinados políticos e endossada por alegres artistas defensores do desarmamento. Por que proibir aos cidadãos de bem posse de revólveres se a gente fica sabendo de assassinatos com facadas. Pretendem também proibir as facas?
No mesmo 14 de outubro em que o telejornal da TV Globo divulgou a pesquisa de opinião pública que anunciava a virada do "não" em relação ao "sim", um estudante de Jornalismo da Universidade de São Paulo matou um colega de curso da redação da Rádio USP. O assassino não usou revólver e sim uma faca. A tragédia deve ser lamentada, uma vez que a vida de um jovem foi retirada de modo violento, aparentemente incompreensível. Fábio Nanni, de 20 anos, cravou uma faca no peito de seu amigo Rafael Alves, de 21 anos, que não teve tempo de se defender. Fábio vinha passando por problemas emocionais que contribuíram para sua opção por tal agressividade. E o crime ocorreu na Cidade Universitária de uma das mais respeitadas instituições do País, a USP. A arma usada pelo assassino, uma faca, pode ser encontrada às dúzias em qualquer residência ou restaurante. Pode ser comprada livremente numa loja. Sua finalidade: cortar alimentos. Como alternativa de pessoa desequilibrada ou de má índole, a faca serve para matar... do mesmo modo que é possível matar uma pessoa a pedradas ou a pancadas ou com o uso de veneno.
Rafael não deixa de ser um mártir. A morte dele é uma confirmação de que, no mundo de hoje, a violência está em toda parte. E isso serve de advertência para os que ainda não perceberam o tom absurdo da proposta de proibir a comercialização de revólveres no País. Pessoas violentas, bandidas ou não, continuarão armadas! Portanto, a única saída é mesmo votar "NÃO".
Afanásio Jazadi* é Deputado Estadual e Vice-Líder do PFL
afanasio25111@uol.com.br
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