O deputado e professor Carlos Giannazi (PSOL) tomou parte, no último dia 24, do ato de protesto dos profissionais da educação da rede estadual contra a falta de investimentos na escola pública e na carreira do magistério. O encontro aconteceu na praça da Sé e reuniu entidades como Apeoesp, Udemo, Apase, CPP e Afuse, todas representativas dos trabalhadores da Educação. O ato foi seguido de uma passeata até a sede da Secretaria Estadual de Educação, na Praça da República. A estimativa da organização é de que cerca de 30 mil pessoas tenham acompanhado o protesto.

Os profissionais da educação deixaram claro que são contra a política salarial do governador José Serra, que dá continuidade ao arrocho salarial ao não oferecer reajuste real e digno na folha de pagamento, apenas pequenas gratificações e bônus, muito aquém das reivindicações da categoria que há mais de 12 anos não tem reajuste e investimento na carreira. O plano recém-lançado pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo foi alvo de críticas contundentes pelas entidades organizadoras do movimento.

O parlamentar disse no ato dos professores que o programa de intenções e de metas apresentado recentemente "dá continuidade a uma política de arremedos e gratificações que destrói a carreira do magistério, prejudicando os trabalhadores da ativa e os aposentados". Para Giannazi, o "plano" não ataca algumas das verdadeiras causas da crise da educação no Estado de São Paulo, "fruto da falta de investimento que tem levado à superlotação de salas de aula, falta de infra-estrutura material e humana nas escolas, jornada excessiva e estafante de trabalho, violência escolar e adoecimento dos professores".

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