João Américo: um discurso poético e cromático impregnado pelo perfume da primavera

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
11/09/2009 11:12

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Casario mineiro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2009/JOAOAMERICOCASARIOMINEIRO.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> João Américo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2009/JOAOAMERICO.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A plenitude da cor " essencial numa paisagem e numa natureza-morta " é algo que impressiona o espectador. As obras de João Américo emanam uma forte impressão de cor e de intimidade: com pinceladas quentes, cuidadas e elaboradas, retrata o todo com incrível verdade figurativa. Mestre no desenho, colorista de antiga escola, sobre suas brancas telas corre seguro o seu pincel, do qual nasce uma pintura espontânea e genuína.

Através desse amor pelo verdadeiro, entendido como expressão real das coisas que deseja representar, o pintor elabora sua arte com preciosas transparências e com tintas cuidadosamente dosadas, que resultam num indiscutível sentido harmônico.

Resultado de sua capacidade de atenta observação frente à natureza, com a qual está em contínuo colóquio, da poesia que dele nasce e de uma técnica eficaz e sólida que lhe permite se exprimir o artista procura desenvolver um discurso plástico e pictórico. E isso longe de qualquer tentação de efeito, bem como de uma inclinação a conto literário.

Tanto as paisagens quanto os casarios de João Américo são vistos poeticamente. Sem esquecer a sua beleza, cada detalhe considerado se transfigura. O olhar do artista sabe também ver por nós a beleza do que está desaparecendo e a esperança do que nascerá.

"Casario mineiro", obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, possui um cromatismo equilibrado e tem o perfume da primavera, pois o artista se mantém fiel a si próprio e sabe olhar o mundo com poesia.



O artista

João Américo, pseudônimo artístico de João Américo dos Santos, nasceu em Monte Santo, Minas Gerais, em 1954. O gosto pela arte foi despertando muito cedo e aos sete anos começou a desenhar. Nessa época, os gibis de faroeste o fascinavam, e, como não dispunha de dinheiro para frequentar uma escola de arte, teve que aprender sozinho, copiando as figuras dessas revistas.

Aos 13 anos conheceu uma professora que dava aulas de desenho e pintura. Não conseguindo se adaptar ao seu método de ensino, resolveu abandonar as aulas. Nunca mais frequentou uma escola de arte e decidiu aprender olhando, pesquisando e estudando sozinho.

Durante certo tempo trabalhou em outro ramo de atividade, deixando o desenho e a pintura como uma atividade extra. No ano de 2000, voltou para a arte, para ganhar seu sustento. Desde então dá aulas de desenho e pintura em ateliês em São Bernardo e Santo André, passando para seus alunos tudo o que conseguiu aprender.

Suas obras já foram expostas no Paço das Artes, na Câmara Municipal e na Associação dos Construtores de São Bernardo do Campo, bem como no Centro Cultural de Águas de Lindóia, numa exposição coletiva. Seus trabalhos encontram-se em coleções particulares, oficiais e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp