Assembleia recebe deputada francesa para debater racismo


O SOS racismo da Assembleia recebeu nesta terça-feira, 17/3, a visita da deputada federal francesa George Pau-Langevin para discutir experiências de combate ao racismo. José Candido, coordenador do SOS Racismo, abriu o debate lembrando a importância desse intercâmbio e convidando George Langevin a falar um pouco da sua experiência como deputada negra na França.
Langevin lembrou, então, que um dos símbolos da república francesa é a igualdade e "ter preconceito é ir contra um dos alicerces da república, além de ser contra a lei". A deputada esclareceu, entretanto, que as ações de preconceito por parte dos franceses são contra os pobres em geral, principalmente os imigrantes do norte da África, por questões de disputa de emprego, religião etc., e não contra os negros em particular. "A França de além-mar é, em sua maioria esmagadora, composta por negros que têm os mesmos direitos de um habitante de Paris, por exemplo. As ações contra os negros na França continental tem mais a ver com a pobreza do que com a cor da pele. Os jovens de bairros das periferias das cidades, pobres e desempregados, ficam mais expostos à perseguição e repressão policial do que o jovem de classe mais abastada".
O deputado Vicente Cândido alertou a deputada para a situação dos negros do Brasil e a convidou a encontrar "negros em posição de chefia ou com algum destaque nos lugares em que ela vier a frequentar aqui no Brasil". Vicente Cândido lembrou que, só com o governo do presidente Lula, o primeiro negro, Joaquim Barbosa, teve assento no Supremo Tribunal Federal.
O deputado do PT perguntou à deputada francesa sobre as medidas que estavam sendo tomadas na França para coibir o estado de perseguição que as populações negras sofrem e a deputada respondeu que as medidas de proteção não são fáceis de ser tomadas, mas que o governo está tentando diminuir a diferença entre os serviços prestados à população abastada e a população pobre. Como exemplo, citou o aumento do número de professores nas escolas das periferias.
A deputada Langevin voltou a reforçar que não enxerga como racismo as ações contra negros na França, mas sim como "um problema contra os mais pobres, e os negros estão entre eles". A deputada falou, entretanto, que não há um número significativo de atores negros nem de apresentadores de TV trabalhando na França.
Participaram ainda do debate o vereador Alfredinho do PT e o chefe do serviço SOS Racismo da Assembleia, Francelino Silva Neto.
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