Simpósio discute resposta do Brasil ao tratamento da Aids




Qual é a resposta brasileira aos compromissos assumidos perante as Nações Unidas para o enfrentamento da Aids? Essa foi a pergunta que motivou o debate dos vários segmentos sociais e governamentais envolvidos com as questões da prevenção e tratamento da Aids em São Paulo e no Brasil. O evento ocorreu na manhã desta quarta-feira, 30/11, na Assembléia paulista, preparando o Dia Mundial de Luta contra a Aids, comemorado em 1.º de dezembro.
"O Brasil é uma nação preparada para controlar a epidemia devido às ações compartilhadas entre o governo e as entidades que lutam contra a disseminação do vírus", salientou o coordenador do encontro, deputado Hamilton Pereira (PT).
Os 67 itens assumidos por 190 países na Declaração Conjunta de Compromissos a serem perseguidos até 2010, junto às Nações Unidas, foram o tema tratado pela médica Maria Clara, coordenadora do Centro de Referência de Tratamento DST/Aids da Secretária de Estado da Saúde. Segundo ela, a proposta brasileira de distribuição dos medicamentos tem contribuído muito para mudar a resposta de vários países no que diz respeito ao acesso universal aos antiretrovirais. "Apesar das dificuldades encontradas no fornecimento dos retrovirais, especialmente em São Paulo, neste segundo semestre, as metas foram atingidas em 2005. A resposta brasileira tem avançado ao longo do tempo", observou, lembrando que a discussão sobre a quebra de patentes tem de ter continuidade, além do aprimoramento da assistência hospitalar.
Fazendo eco à fala da médica, José Marcos de Oliveira, da Rede Nacional de Pessoas Convivendo com a Aids, advertiu que a quebra das patentes tem de ser pauta diária de discussão, não só das esferas governamentais, mas também das associações representativas. "Com o discurso de que temos o melhor tratamento de Aids do mundo, ficamos meio inertes. Precisamos tomar cuidado, pois o programa brasileiro está longe de ser ideal. Há quase um milhão de pessoas portadoras do vírus e apenas 160 mil fazem uso dos retrovirais. O melhor meio de prevenção é incentivar o uso de preservativos e formar os jovens, nas escolas, debatendo temas como sexualidade e direitos humanos", ponderou.
Nesse sentido, o representante da Secretaria de Estado da Educação, Nivaldo Leal dos Santos, observou que nos projetos pedagógicos, produzidos nas várias escolas públicas estaduais, são incluídos temas como prevenção a doenças sexualmente transmissíveis. "A prevenção deve ser preocupação constante de todos os envolvidos na educação, promovendo discussões não só sobre saúde, mas também sobre sexo e ética", afirmou.
Ao abordar a questão da moral, o padre Valeriano Paitoni, que dirige casas de apoio a crianças e adolescentes infectados pelos vírus do HIV/Aids, chamou a atenção para o fato de essas instituições não se tornarem apenas depósitos de pessoas doentes, mas um ponto de referência para a prevenção e a assistência. "Os portadores do vírus continuam sendo pessoas com todos os direitos e deveres de cidadão", falou.
Livro trata de estratégias de comunicação
Durante o evento, foi lançada a edição bilíngüe (português/espanhol) do livro Comunicaids: políticas públicas e estratégias de controle social, que condensa reflexões e propostas sobre estratégias de comunicação e planejamento referentes à Aids, discutidas em encontro que aconteceu em março deste ano, em Recife, Pernambuco.
Participaram também do simpósio o rabino Henry Sobel, a jornalista Roseli Tardelli, Paulo Giacomini, Maria do Rosário Correia de Sales, representando a coordenadora da Frente Parlamentar DST/AIDS, deputada federal Thelma de Souza (PT-SP), entre outros representantes de organizações não-governamentais.
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