Sessão solene lembra mártires armênios


27/04/2005 16:01

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Por solicitação do deputado Arnaldo Jardim, líder do PPS, foi realizada nesta segunda-feira, 25/4, no Plenário Juscelino Kubitschek, sessão solene que homenageou os mártires armênios mortos no genocídio de l915. A sessão foi precedida por culto na Cruz de Pedra, localizada no anexo ao lado do Instituto do Legislativo Paulista.

O Dia de Luto Nacional Armênio é 24 de abril. Nesse dia, no ano de 1915, os armênios, sob ocupação do império otomano, foram vítimas de um dos maiores massacres da história da humanidade, quando milhares de pessoas foram executadas de maneira cruel, sob a alegação de que os armênios estariam apoiando tropas russas.

Marcando a dignidade desta importante civilização, data-se em torno de 1250 a.C. a chegada dos primeiros armênios à terra de Monte Ararat. O povo de haik e seus descendentes acharam que a região combinava com o temperamento de sua raça, de forma que permaneceram ali para sempre. Segundo a tradição, nesta região a arca de Noé ficou ancorada quando as águas do dilúvio baixaram.

A nação armênia foi a primeira convertida ao cristianismo, de maneira que sua Igreja é uma das mais antigas igrejas cristãs do mundo. Como o cristianismo foi proclamado religião oficial de estado, em 301, antes de qualquer outro país tê-lo realizado, a Igreja Apostólica Armênia é considerada "a mais antiga" entre as igrejas-irmãs cristãs.

Dentro da Igreja Ecumênica, a Igreja Apostólica Armênia é independente. A Catedral de Santa Etchmiadzin, sede do Catholicossato (centro espiritual) de Todos os Armênios, foi construída e consagrada em 303. O povo armênio resistiu às invasões persas, Gregas e Turca. Seu território foi palco de batalhas históricas nas Cruzadas, no século IX e X.

O mais importante, entretanto, é a lição de vida deixada por seus ancestrais e pela atual geração, que luta contra o desrespeito à vida humana com a convicção de uma nação incrustada geograficamente em um contexto diferente do de seu povo, e que mostra ao mundo que "o respeito para com as adversidades culturais e religiosas é importante maturidade."

Para Arnaldo Jardim, "o mundo não precisava e não precisa vivenciar barbáries localizadas, que dizimaram e dizimam milhões de pessoas. A paz deve ser ferramenta que, junto com o diálogo, tem o poder de resolver diferenças entre nações e povos".

A homenagem aos mártires armênios, além de lotar as dependências do Plenário Juscelino Kubitschek, contou ainda com a presença do Professor Dalmo Dallari; do Cônsul Geral da República da Armênia, Achot Yeghiazarian; do arcebispo Datec Karibian; de dom Valdir Vartan Boghossian; do Presidente da Associação Cultural Armênia de São Paulo, Simão Kerimian, e da secretária de Relações Exteriores do município de São Paulo, Helena Maria Gasparian, que representou o prefeito José Serra. O ato foi presidido pelo deputado Arnaldo Jardim.



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