Ato comemora redução de homicídios na região de Santo Amaro




Por solicitação do deputado Coronel Ubiratan Guimarães (PTB) a Assembléia Legislativa reuniu nesta quarta-feira, 9/11, promotores, delegados de polícia, membros da sociedade civil e parlamentares em um evento que comemorou a redução dos índices de homicídios na região de Santo Amaro, mais especificamente nos bairros de Capão Redondo e Jardim Ângela, considerados entre as regiões mais perigosas do mundo.
O parlamentar, assim como os demais membros da mesa de debates, ressaltaram a importância da integração entre a comunidade e o poder público para o sucesso do programa de redução da criminalidade na zona sul de São Paulo. "A efetiva participação da comunidade foi essencial para o resultado desse trabalho", enfatizou Ubiratan.
O precursor
Apesar de o poder público, "de uma forma ou de outra", estar presente na região, foi o padre Jaime Crowe, da paróquia do Jardim Ângela, quem iniciou há 12 anos a compilação dos dados sobre a violência na região e o trabalho de conscientização da comunidade, lembrou o promotor Augusto Eduardo de Souza.
Ainda de acordo com o promotor, as estatísticas apontam que as principais vítimas da violência são os jovens entre 18 e 25 anos, seguidos por pessoas na faixa dos 26 aos 30 anos e pelos menores de 18 anos. "Como conseqüência desse quadro, o cemitério do Jardim São Luis antecipou em 10 anos sua capacidade de jazigos. O mais triste é que havia se tornado uma rotina - que foi modificada com a união dos poderes e da sociedade - os pais enterrarem seus filhos."
A banalização da vida
"Como as mortes eram corriqueiras, as pessoas não mais se impressionavam com a presença de corpos nas ruas", disse o coronel Renato Aldarves. Segundo ele, após minucioso levantamento dos números de homicídios, chegou-se à conclusão que eles eram mais comuns em locais próximos a bares. Sendo assim, a estratégia era fechá-los às 22 horas. "Isso só foi possível porque a prefeitura passou a fiscalizar o horário de fechamento dos bares e a orientar àqueles que não haviam aderido à medida. Após esse passo, outras estratégias foram desenvolvidas."
Plano de combate aos homicídios
Apesar de os dados sobre a violência comprovarem o sucesso do combate à criminalidade e ser um incentivo para a continuidade do trabalho, a valorização dos policiais, sejam civis ou militares, é um fator imprescindível para o bom desempenho da carreira de todo profissional, "em especial aos que atuam na segurança pública e convivem com o perigo diariamente", reforçou o delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), José Mazzi.
Segundo ele, a criação do plano de combate aos homicídios surgiu por sugestão dos próprios policiais, sendo implantado em abril de 2001 pelo delegado-diretor do DHPP, Domingos Paulo Neto.
"O plano tem como diretriz a integração entre os segmentos policiais (Decap, DHPP e PM), o aperfeiçoamento da investigação policial e a atenuação da sensação de impunidade." Como exemplo, o delegado do DHPP disse que, até dezembro de 2000, haviam sido registrados 5.876 inquéritos policiais, contra 2.965 no primeiro semestre de 2005, "uma redução de 49,5%".
Embora a participação da população seja essencial, Mazzi lembrou que ela deve se dar com seriedade. "Algumas pessoas ligam para o disque-denúncia, telefone 181, para passar trote, atrapalhando o nosso trabalho." Apesar disso, as estatísticas demonstram a sensível redução dos casos de homicídios dolosos (intencionais) de 5.327 em 2000, antes da implantação do programa, para 1.423 no primeiro semestre de 2005.
Outro aspecto que demonstra a eficiência do combate ao crime é a significativa redução do número de chacinas. "Em 2001, aconteceram 43 chacinas, com a solução de 40 delas, e até o primeiro semestre de 2005 ocorreram 13 chacinas, com a solução de nove."
O empenho e a seriedade com que delegado-diretor do DHPP desenvolve o seu trabalho renderam-lhe homenagens dos seus colegas do DHPP, advogados e empresários. Além do cel. Ubiratan Guimarães, compuseram a mesa de debates os coronéis Ariovaldo Salgado, Augusto Eduardo de Souza Rossini, José Roberto Martins, a promotora do Fórum de Santo Amaro, Jaqueline Mara Lorenzetti Martinelli,
o delegado-diretor do DHPP, Domingos Paulo Neto, o cel. Renato Aldarves e os presidentes dos Conselhos Comunitários de Segurança (Conseg"s) do Jardim Ângela, Arnaldo Francisco, e do Capão Redondo, Gregório de Jesus.
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