Adiado julgamento de policiais envolvidos na morte de dentista
15/08/2005 16:42

Pela terceira vez foi adiado o julgamento dos policiais militares envolvidos na morte do dentista negro Flávio Sant´ana. O motivo do adiamento, desta vez, foi que o advogado de três dos acusados, Marcos Ribeiro de Freitas, abandonou a causa. O julgamento estava marcado para terça-feira, dia 16/8. Indignados com o rumo em que o caso está tomando, familiares, parlamentares e entidades ligadas aos direitos humanos e ao movimento negro se reuniram hoje, 15/8, na 1ª Secretaria da Assembléia Legislativa de São Paulo.
Em outras ocasiões, o advogado dos policiais conseguiu adiar o julgamento alegando ter uma audiência no mesmo dia e, na segunda vez, por sentir fortes dores nos joelhos. Freitas é advogado de defesa do tenente Carlos Alberto de Souza, do cabo Ricardo Arce Rivera e do soldado Luciano José Dias. Os três, que seriam julgados amanhã 16/8, são acusados de porte ilegal de arma, homicídio duplamente qualificado e fraude processual. Os soldados Édson Assunção e Magno de Almeida Moraes serão julgados por coação no curso do processo.
Estiveram presentes na reunião o deputado Ítalo Cardoso (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos, Sinval do Firmo, da Frente Parlamentar de Igualdade Racial, Eduardo Pereira Neto, da Ong pela inclusão de Negros e Pobres na Universidade e Mercado de Trabalho, Magdalena Joá Sant'ana, tia de Flávio, e Egbomy Ulonceição Reis D'Ogún, representante das Entidades Religiosas Africanas. Para o grupo, adiar o julgamento é mais uma estratégia desse advogado com vistas a desmobilizar a comunidade negra e evitar o enfrentamento. Eduardo Pereira afirma que esta estratégia está torturando a família de Flávio, "que quer justiça e não vingança". Segundo ele, o conceito do negro ser sempre um suspeito entre policiais tem de acabar no Brasil, "Flávio é menos um raro dentista negro."
O dentista negro Flávio Ferreira Sant´ana foi morto por policiais militares ao ser confundido com um assaltante, em 3/2/2004. Quando Flávio, caído no chão, não foi reconhecido pela vítima do roubo, os policiais ainda tentaram incriminar o dentista, colocando em seu bolso a carteira da vítima, que foi ameaçada para não revelar fraude. Presos, os PMs alegaram que Flávio estaria armado e havia reagido, mas a perícia derrubou esse argumento.
tiaopt@al.sp.gov.br
Notícias mais lidas
- Deputado participa de missão oficial a Taiwan e busca ampliar cooperação com potência asiática
- Aprovado na Alesp, novo valor do Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804, é sancionado
- Entra em vigor hoje o novo Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804
- Vitória dos pescadores: artigo que restringia acesso ao seguro-defeso é suprimido
- Alesp aprova projeto que garante piso salarial nacional a professores paulistas
- São Vicente: a importância histórica da primeira cidade do Brasil
- Na Alesp, familiares, amigos e colegas de profissão se despedem do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes
- Sindicatos da Polícia Civil cobram envio de projeto da nova Lei Orgânica à Alesp
- Greve dos servidores públicos da Saúde no estado pauta 130ª Sessão Ordinária da Alesp; assista
Lista de Deputados
Mesa Diretora
Líderes
Relação de Presidentes
Parlamentares desde 1947
Frentes Parlamentares
Prestação de Contas
Presença em Plenário
Código de Ética
Corregedoria Parlamentar
Perda de Mandato
Veículos do Gabinete
O Trabalho do Deputado
Pesquisa de Proposições
Sobre o Processo Legislativo
Regimento Interno
Questões de Ordem
Processos
Sessões Plenárias
Votações no Plenário
Ordem do Dia
Pauta
Consolidação de Leis
Notificação de Tramitação
Comissões Permanentes
CPIs
Relatórios Anuais
Pesquisa nas Atas das Comissões
O que é uma Comissão
Prêmio Beth Lobo
Prêmio Inezita Barroso
Prêmio Santo Dias
Legislação Estadual
Orçamento
Atos e Decisões
Constituições
Regimento Interno
Coletâneas de Leis
Constituinte Estadual 1988-89
Legislação Eleitoral
Notificação de Alterações