Frente Parlamentar debate situação do ensino técnico-tecnológico na Assembléia


DA REDAÇÃO
Coordenada pelo 2º secretário da Assembléia Legislativa, o deputado José Caldini Crespo (PFL), a Frente Parlamentar em Defesa das Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatec's) realizou nesta quinta-feira, 29/4, audiência para debater os problemas que envolvem o ensino técnico e tecnológico do Estado e encontrar meios de convencer o governador Geraldo Alckmin e o secretário de Ciência e Tecnologia de ouvir as reivindicações de alunos e professores das Fatecs e ETEs.
Ao abrir o evento, que contou com as presenças de parlamentares, representantes das Escolas Técnicas Estaduais (ETE's), das Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e de diversas agremiações estudantis, Crespo expôs a trajetória deste grupo de trabalho, que teve início "indireto" em junho de 2001, após o Congresso das Fatecs. Naquela época, lembrou o parlamentar, discutia-se três propostas que definiriam o destino das Fatecs. Uma delas era a incorporação da instituição à Universidade do Estado de São Paulo (Unesp).
Em greve há dois meses e meio, os trabalhadores do ensino técnico do Estado reivindicam reposição salarial de 72,22% - índice que contabiliza as perdas sofridas desde 1996, a dotação para investimentos nas faculdades e melhores condições de trabalho.
Ausências notadas
Os participantes do evento questionaram as ausências do secretário Meirelles e do professor Marcos Monteiros, do Centro Paula Souza. Em sua retrospectiva, José Caldini Crespo informou que a idéia de oficializar a Frente Parlamentar em Defesa das Fatecs culminou com uma audiência pública, realizada em 19/11/2003, para debater a conveniência do Projeto de Lei 706/2002, que autoriza o Poder Executivo a desvincular as Fatecs do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETEPS), transformando-as em um Centro Universitário.
Após várias tentativas frustradas de resolver a situação das Fatecs com o secretário de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Carlos Meirelles, o grupo de trabalho decidiu reunir-se com o governador. "Acredito que o governador não tenha dados suficientes para manifestar sua posição", declarou o parlamentar. Ainda segundo Crespo, Fernando Lessa, secretário pessoal do governador, o informou que Geraldo Alckmin pretende ouvir as reivindicações dos professores das Fatecs, mas ainda não agendou uma data para isso.
Demissão anunciada
Nesta quinta-feira, 29/4, os professores das Fatecs foram surpreendidos com a decisão do secretário Meirelles de demitir, até 20/5, os professores em greve. Para a professora Elaine Skorzenski, presidente da Associação dos Docentes das Faculdades de Tecnologia do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (Adfatec), ao afirmar que vai demitir os professores o secretário demonstra desconhecer a lei de greve. "É dessa forma que eles tratam os docentes que reivindicam algo justo?", lamentou Elaine Skorzenki.
A professora sugeriu que seja constituída uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as irregularidades no Centro Paula Souza e ainda questionou a contratação, sem concurso público, de 250 professores.
Ditadura na educação
Preocupado com os rumos das discussões sobre as Fatecs, o professor Marcos Garcia, diretor da Fatec Sorocaba, questionou a transparência do Centro Paula Souza no gerenciamento das unidades de ensino e anunciou que a forma como vem sendo conduzido o ensino tecnico-tecnológico no Estado caracteriza "enganação à população". Na sua opinião, além de atender às reivindicações dos professores, é preciso restabelecer a governabilidade no Ceeteps. "Estabeleceu-se um estado de anarquia em um local onde a ordem deveria imperar", declarou Garcia.
Apoio
Os deputados Nivaldo Santana (PCdoB), Roberto Felício, Enio Tatto, Mário Reali, Hamilton Pereira, Antonio Mentor, Maria Lúcia Prandi, todos do PT, e Ary Fossen (PSDB) manifestaram apoio aos professores das ETEs e Fatecs.
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