Seminário aborda a "Gestão da Comunicação"

O Seminário de Comunicação Pública, realizado pelo Instituto do Legislativo Paulista (ILP) e pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo nesta terça-feira, 8/11, teve como tema a "Gestão da Comunicação", desenvolvido pela jornalista e relações públicas Heloísa Mattos e pela jornalista e professora Roseli Aparecida Fígaro Paulino.
Segundo Heloísa Mattos, a comunicação no setor público tem especificidades e deve ter estratégias próprias: a promoção das causas sociais, a discussão ou proposição do debate e o envolvimento nas políticas públicas. A natureza das mensagens do poder público refere-se ao interesse público e são extremamente complexas: dizem respeito a leis, regulamentos e normas. Daí o desafio da comunicação pública ser decodificar essas leis para que o cidadão as compreenda, conscientizando-se do impacto delas em sua vida.
A necessidade da comunicação se dá em função de estabelecer um diálogo com a sociedade e se baseia nos princípios de recepção, escuta, diálogo e relacionamento. Para Heloísa Mattos, a comunicação pública é comprometida com a cidadania e deve ter como premissa a "accoutability" ou transparência e confiabilidade nos negócios públicos.
Especificidades do Legislativo
Quanto à comunicação pública específica do Poder Legislativo, há que se considerar duas fases: a do candidato e a do deputado. O candidato disputa voto e tem como público os eleitores. Seu instrumental básico é o marketing político. Depois de eleito, o deputado passa a ser um misto de legislador e político. Eleito com uma plataforma que representa interesses específicos, ele passa a ter como desafio estar disponível para outras vozes. "A transformação se dá da comunicação com eleitores reais e potenciais para a comunicação pública propriamente dita", explicou Heloísa Mattos.
Os desafios da comunicação no Poder Legislativo têm que responder à pergunta: "o que são as leis?" É preciso formular uma radiografia do Legislativo englobando os seguintes aspectos: o cenário legislativo, a quantidades de projetos apresentados, o tempo médio de tramitação, o número de projetos votados, os temas por eles abordados, quais os partidos mais atuantes, entre muitos outros. O passo seguinte é divulgar este quadro à sociedade, estruturando os dados e decodificando o conteúdo para tornar a informação atraente e clara.
Jornalismo cívico
A função do comunicador público, segundo Heloísa, é exercer um jornalismo cívico, acompanhando os debates na sociedade, mensurando os impactos das leis na vida dos cidadãos e implementando canais de escuta, inclusive para setores geralmente não ouvidos. "O comunicador público não está a serviço da mídia, porque representa uma mídia a serviço do interesse público", enfatizou a palestrante, esclarecendo que a comunicação pública tem de se fazer respeitar também como uma mídia.
Roseli Fígaro abordou as relações entre comunicação e trabalho. Para ela, é necessário entender a comunicação como um importante fator do processo de trabalho e, portanto, como parte fundamental do sistema sócio-econômico.
A comunicação sempre fez parte da cultura humana, mas a novidade está em que esta passou a ser um fator essencial de mediação das relações de trabalho. A dicotomia entre sociedade do conhecimento e sociedade do trabalho, para Roseli, é falsa. Na realidade, segundo ela, a comunicação foi incorporada ao mundo do trabalho como parte das forças produtivas.
As novas tecnologias e a crise do mundo do trabalho no pós-guerra trouxeram a necessidade de uma nova organização do trabalho em que há uma mudança de lógica: da lógica linear da produção para a lógica flexível da produção, em que é preciso produzir vários produtos para públicos cada vez menores.
"A comunicação faz parte dessa otimização dos processos de trabalho e aumento da lucratividade", explicou Roseli. A sociedade tornou-se muito mais complexa e o desafio da comunicação passou a ser como atingir esses novos grupos.
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