Ninguém será líder no século 21 sem ser líder de si mesmo, ensina psiquiatra

O médico psiquiatra Augusto Cury, campeão de vendas de livros de autoajuda no Brasil e no mundo, pronunciou a conferência Liderança do Futuro, durante o 3º Encontro de Gestores Públicos.
O palestrante defendeu a importância de os seres humanos realizarem uma viagem para dentro de si mesmos, aprendendo a gerenciar e a proteger as próprias emoções, para alcançar níveis crescentes de bem-estar, para se tornarem bons líderes. Cury justificou seu argumento citando o crescimento nos últimos anos da incidência de doenças psicossomáticas, como a síndrome do pânico, e do câncer entre a população mundial, que corroeu as esperanças médicas de que a humanidade do século 21 seria mais feliz e saudável.
"O resultado das conquistas científicas e tecnológicas não foi uma humanidade que viva com mais prazer de viver, ao contrário". Em seu entendimento, a falta de contato com nossa intimidade tem nos arrastado ao estresse constante e a diversos distúrbios psicológicos, como ansiedade e depressão. Segundo ele, hoje, os jovens e os adultos estão frágeis emocionalmente porque não são educados para o autoconhecimento e, portanto, não aprendem a lidar com as próprias emoções, comprometendo sua qualidade de vida.
"Tive a oportunidade de tratar as pessoas mais ricas deste país, são miseráveis vivendo em palácios", exemplificou. O antídoto para tal quadro de dores seria recuperar o prazer de viver a partir do contato com nossa intimidade, "vivendo um romance consigo mesmo" e preservando momentos de descanso e lazer, além de fortalecer o "eu" como gestor de pensamentos e emoções.
O psiquiatra disse também que foi ateu convicto, mas que quando se dedicou a estudar cientificamente o Evangelho, descobriu que o homem Jesus foi o maior educador que a humanidade já conheceu, não levando seus inimigos nem para a mesa e nem para o travesseiro. "Sabendo o que lhe iria acontecer com antecedência, nem por isso deixou de cear e se alegrar com seus companheiros, admitindo como amigo aquele que o iria trair. Em vez de vexá-lo em público, tratou-o com afeto, dizendo-lhe que fizesse logo o que iria fazer, mensagem que só o próprio Judas poderia entender".
"Mais tarde, quando no Horto das Oliveiras, ao ver Judas chegando com os soldados que o iriam prender, disse-lhe: "Amigo, a que vieste?" Para o conferencista, tal atitude demonstra que Jesus não se estressava, nem alimentava expectativas descabidas em relação aos que o cercavam, não se deixando abalar nem diante da traição, por entender a condição em que o outro estava. Para o médico, Jesus sabia gerir as próprias emoções e se empenhava em estabelecer empatia com os que o cercavam.
Pensamentos danosos
Na visão de Augusto Cury, o nosso maior inimigo mora dentro de nós. "Quem de nós não é surpreendido por pensamentos danosos para si mesmo?" O psiquiatra explicou que ocorre conosco o fenômeno conhecido como autofluxo, diretor auxiliar do "eu". Tal fenômeno deriva, segundo ele, do excesso de informações e preocupações a que estamos submetidos, provocando a síndrome do pensamento acelerado. "Quem de nós sabe relaxar?", questionou, ao comentar que cada vez mais as pessoas programam férias especiais que não conseguem aproveitar. "Se não sei reverenciar a segunda-feira, não posso me iludir, não saberei aproveitar as férias ou a aposentadoria tão cuidadosamente programadas".
Para se tornar um bom líder, de acordo com o palestrante, o ser humano conta com três ferramentas: doar a si mesmo à família, aos amigos e à sociedade, diminuindo a expectativa de retorno, de reconhecimento e aplauso; entender que sempre por trás de alguém que fere há alguém que é ferido, exercitar a tolerância; e nunca exigir o que o outro não pode dar. "A humanidade não precisa de líderes heróis, precisa de líderes seres humanos", recomendou.
Augusto Cury divulgou ainda programa educacional elaborado por ele e que, agora, através de convênio com a Uvesp, será levado a integrar a grade curricular das escolas nos municípios. Trata-se do projeto Escola da Inteligência, que já atende centenas de crianças, em que desde os primeiros anos se ensina a desenvolver resiliência e empatia.
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