A penúltima etapa da Campanha do Agasalho de 2008 encerrou-se, oficialmente, nesta quinta-feira, 3/6, com ato no salão nobre da presidência da Assembléia Legislativa, onde estiveram presentes representantes das 23 organizações sociais que transformaram, com o seu trabalho, os 2.392 novelos de lã arrecadados junto aos funcionários desta Casa em mais de 10 mil peças, entre meias, xales e cachecóis, que irão aquecer crianças, adultos e idosos no Estado de São Paulo.

O presidente Vaz de Lima ressaltou que o trabalho realizado desde o ano passado está renovando o conceito da campanha do agasalho: "ao mesmo tempo em que se promove a solidariedade e a ajuda ao próximo, contribui-se para a capacitação e o aprendizado de uma atividade que pode gerar renda, além de motivar a organização das entidades".



Assembléia arrecadou novelos de lã que foram encaminhados a tricoteiras



Segundo o presidente Vaz de Lima, o novo conceito da Campanha do Agasalho está ligado às metas da campanha do agasalho no Estado, que busca capacitar, gerar renda, promover a inclusão social e, é claro, fornecer agasalho e calor humano aos mais necessitados. Sob a coordenação do Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural do Estado de São Paulo, a campanha conta com o suporte de todas as secretarias de Estado e tem a participação ativa do Parlamento paulista.

Na primeira etapa da campanha, uma parceira com a Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades (Sutaco) permitiu a realização de oficinas que qualificaram tricoteiras em 23 entidades cadastradas pelo Instituto do Terceiro Setor (Intese). São organizações distribuídas por diversos bairros da capital e em sete municípios do Estado.

Na segunda fase, a Assembléia Legislativa, com o empenho da Mesa Diretora e dos funcionários, arrecadou novelos de lã que foram encaminhados às tricoteiras. Também presente nessa ação humanitária, a Associação dos Funcionários da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Afalesp) propôs neste ano uma gincana entre os funcionários, oferecendo diárias na colônia de férias da entidade aos setores que arrecadassem maior número de novelos de lã. De acordo com Rita Ferraro, presidente da Afalesp, a idéia partiu de sugestão dada por Ivani Vaz de Lima.

Também a sociedade civil deu a sua contribuição para a campanha. O Conselho da Comunidade Luso-Brasileira coordenou a arrecadação dos recursos que permitiram a remuneração das tricoteiras. As entidades receberam o valor de R$1 para cada peça produzida.

A última etapa da campanha fica agora a cargo do Fundo de Solidariedade que fará a distribuição das peças de inverno.



Homenagem



De acordo com Olga Cerqueira Leite, do gabinete da presidência e que coordenou o ato, muitos foram os que não mediram esforços para que a campanha deste ano fosse tão bem-sucedida. Uma forma de reconhecimento desse espírito de solidariedade ficou expresso na homenagem prestada a Jovina Consorte, tricoteira que, com 95 anos, manifesta alegria de poder trabalhar em prol de quem necessita.

Esposa do 2º vice-presidente Luiz Carlos Gondim e ativista na campanha, Jane Hallage Gondim destacou o envolvimento entre os participantes e o aprendizado adquirido pelas tricoteiras. "As entidades ficam esperando o momento de realizar o trabalho, se mobilizam e se organizam para isso", salientou.

Durante todo o ato, organizadores e participantes reiteraram a singeleza das ações desenvolvidas na campanha e a disponibilidade dos envolvidos na ajuda ao próximo. "Há todo um simbolismo nesse nosso ato, o simbolismo da doação", avaliou Vaz de Lima.