A atmosfera das paisagens de R. Carvalho: um forte sentimento elegíaco da natureza

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
08/12/2006 14:25

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<i>Caminho da Mantiqueira</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/obra r.Carvalho massarani.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> R. Carvalho<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/RCarvalho.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

As obras de R. Carvalho comovem os apreciadores das belezas naturais, das paisagens montanhosas, dos campos, das florestas que são realizadas com toda a sua majestosa elegância e todo o seu indescritível sincronismo de cores.

Seu estilo poderia ser definido como impressionista, embora não estático, mas dinâmico no melhor sentido de uma estrutura contemporânea, e ainda romântico na temática, porque inspirado em valores autênticos e, portanto, valores imortais de vida.

O que se admira na arte desse pintor autodidata é a atmosfera que cria, envolvida em leves vibrações, de tons intimistas em seu cromatismo e um forte sentimento elegíaco da natureza.

R. Carvalho é sobretudo um apaixonado de outros aspectos do que é real: as matas, cujos verdes escurecem nas áreas de sombra ou acendem filtrando os raios solares em surpreendentes contraluzes.

O artista tem dentro de si um culto panteístico pela natureza intacta, e busca uma pureza existencial através do paradoxo da mais objetiva e minuciosa descrição de cada aspecto das imagens que o encantam.

Em Caminho da Mantiqueira, obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo e pintada sobre uma antiga porta de peroba, o artista demonstra um empenho mais poético do que técnico. Pintar para ele é o instrumento de uma mensagem e não um objeto de decoração.

O artista

R. Carvalho, pseudônimo artístico de Sebastião Rodrigues de Carvalho, nasceu em Luminosa, distrito de Brasópolis, em Minas Gerais, em 1964.

Atraído inicialmente pela arte do desenho, desde a sua infância foi incentivado tanto por seus pais quanto por seus professores. Na fase escolar sempre se destacou nas matérias ligadas às artes e à cultura em geral.

Na adolescência, passou a experimentar, além do lápis, outros materiais, como o guache, a aquarela, chegando finalmente à pintura a óleo. Desenhava por prazer e distração cenas do cotidiano e paisagens do lugar onde morava.

Autodidata, já na fase adulta fez da arte a sua profissão, pintando telas, móveis e painéis decorativos. Nos últimos anos vem se dedicando a restaurações e utilizando sua técnica de pintura em portas e janelas antigas de demolição.

Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas com destaque nas Semanas de Arte que se realizam anualmente em Brasópolis, MG; na Pinacoteca Camargo Freire em Campos do Jordão, SP; nas Feiras de Arte do Festival de Inverno Arrobas Martins, Campos do Jordão, SP; e em diversas cidades do Vale do Paraíba.

Possui obras em inúmeras coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp