Em contato com sua realidade existencial Navarro constrói um tecido vivo


Após lutas e vivas controvérsias, seja através de personalidades ou correntes diversas muitas vezes opostas, a arte abstrata teve seu triunfo em todos os países no período imediato à segunda Guerra Mundial. A abstração se revelou de grande fecundidade, tanto que inúmeras fases se sucederam e diversas estéticas se afrontam sob seu signo.
A pintura de Navarro, um artista brasileiro que nos últimos anos se dedicou quase exclusivamente a grandes obras abstratas, revela uma paixão frenética por um cromatismo aceso, encorpado e denso, secundado de movimentos agitados e sinuosos que delimitam a estrutura.
Constituindo um harmônico conúbio de diversas técnicas de expressão, sua matéria dá a impressão de movimento, enquanto a cor transmite uma sensação de agradável envolvimento.
Artista versátil, atento e sensível às mutações artísticas contemporâneas, foi seduzido pelo informal e por seus valores de liberdade e casualidade. Os quadros de Navarro refletem uma atmosfera de tempo em suspensão, que nos investe através de cores fortes e luminosas. São ricos de complexos componentes, mas representam, entretanto, a clara consciência de um mundo poético e a síntese expressiva que alcançaram e permitem ao artista narrar com exata precisão e extrema parcimônia de meios.
O seu gestual supera a simples casualidade e assimila momentos de força e de fraqueza, de drama e de rebelião, construindo um tecido vivo com um discurso fluente que mantém um contato preciso com a sua realidade existencial.
Na obra Abstração 96, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, às vésperas de seu desaparecimento em 2005, encontra-se a acentuação do significado, sobretudo vital de sua emoção pictórica, confiada a uma visão interior que soube filtrar os estímulos externos dos fenômenos que nos cercam.
O artista
Navarro, pseudônimo artístico de Waldemar Navarro, nasceu em São Paulo, em 1931 e faleceu no Rio de janeiro em 2005. Aos 15 anos descobriu sua vocação para a pintura dedicando-se inicialmente como amador. Em 1951 ingressou na Marinha do Brasil e logo depois foi designado para fazer um curso de aviação naval em Pensacola nos Estados Unidos.
Freqüentou cursos de arte no Centro de Pesquisa de Arte com Ivan Serpa (1970), com Daniel Senise na Escola de Artes Visuais, RJ (1989), desenho, pintura e bloqueios criativos no Parque Laje (1992), Dynamic Encounters, Parque Laje, RJ e Contemporany Art com o professor Charles Watson em Nova York (1994).
Participou de diversas exposições, com destaque no Salão Nacional de Arte Moderna, Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro (1959 e 1962); Downtown Gallery em New Orleans (1960); Consulado Brasileiro de Nova York (1961); I Salão Esso de Artistas Jovens, Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro (1965); Galeria Ambiente Spazio Rio de Janeiro (1966); salão de Verão, Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro (1975); 13º, 15º e 16º Salão Carioca do Rio de Janeiro (1989, 1991 e 1992); Galeria Arte Performance em Brasília, Distrito Federal (1990); Galeria Arte de Ipanema; Espaço Cultural Caixa Econômica Federal (1991); Espaço Cultural BNDES, RJ; Mostra "Novíssimos", IBEU, RJ (1992); Galeria Parque Laje, RJ (1994); I, II, III e IV "Caminho das Artes", da Barra e Recreio dos Bandeirantes, RJ (2001, 2002, 2003 e 2004) e "Abstratos e movimentos", Espaço Cultural do Shopping Cassino Atlântico, Rio de Janeiro.
Possui obras em coleções particulares no Rio de Janeiro, São Paulo, Nova Orleans, Estados Unidos e no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.
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