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"Neste momento de crise mundial, de dificuldades econômicas e políticas de toda sorte, gostaria de registrar que participar deste evento é receber uma injeção de otimismo", disse, em entrevista, o presidente da Assembleia Legislativa, Barros Munhoz, sobre a cerimônia em homenagem às empresas e aos empresários mais admirados do Brasil. A eleição resultou de uma pesquisa que é anualmente realizada pela revista Carta Capital e está em sua 14ª edição. O evento aconteceu em São Paulo, na noite de 31/10.

Segundo Munhoz, é muito positivo falar de tudo o que é construído pelo empreendorismo nacional, neste país "que é edificado não só pelas benesses divinas, mas também pela gente maravilhosa que aqui se fixou, vinda de todas as partes do mundo". Segundo ele, essa miscigenação de povos e raças resultou nesse Brasil fantástico que o mundo está conhecendo agora. Darmo-nos conta disso anima e dá coragem de enfrentar, com dignidade e com uma visão esperançosa, o futuro que está à nossa frente. "Quero dizer que minha fé e esperança no país saem daqui fortalecidas, e também, sobretudo, a vontade de continuar fazendo política de forma altaneira e com dignidade, porque este é o caminho da construção do Brasil com que todos sonhamos", concluiu.



Cooperação entre esferas



O governador Geraldo Alckmin disse ter aprendido muito nestes dez meses em que voltou ao Palácio dos Bandeirantes. Ele deixou transparecer sua opinião sobre o bom relacionamento entre União e Estados brasileiros ao declarar: "Tenho olhado com respeito o modo como a presidenta Dilma Rousseff tem se relacionado com governadores que, como eu, pertencem a campos opostos do espectro político do Brasil". Ele se referia à parceria paulista com o governo federal da qual resultaram apoio e recursos às iniciativas do governo do Estado.

A presidenta Dilma Rousseff, que embarcou para uma reunião com o G20 logo após a cerimônia, disse, referindo-se ao discurso do governador paulista: "Fiquei muito feliz com suas palavras. Temos tido, nesses dez meses, uma parceria muito produtiva para os interesses de São Paulo e de todo o Brasil". A presidenta aludiu a "outro parceiro republicano do governo federal", quando falou do prefeito da capital paulista.



Sobreviventes de crises



Face aos mais expressivos empresários do país que foram revelados pela pesquisa da Carta Capital, Dilma confessou ver neles uma inspiração. "Cada um deles é sobrevivente das crises e dificuldades que se sucederam ao longo dos últimos 20 anos no Brasil. Não falo isso por soberba, mas pela certeza de que passaram por enormes desafios e os superaram", disse a presidente.

Dilma classificou a reunião do G20 como um momento crucial, em que "os líderes da Zona do Euro buscam soluções para uma crise de consequências imprevisíveis". Ela ressaltou que a difícil conjuntura atual parece ter "proporções semelhantes, senão piores que a crise de 1929", e que cabe ao G20 restabelecer a confiança no retorno do crescimento, em especial das economias desenvolvidas.

Com relação ao Brasil, Dilma considerou que "é possível crescer com as contas equilibradas, com melhores empregos e com inovação". Ela ainda disse: "Hoje, temos 350 bilhões de dólares em reservas internacionais, cumprimos a meta de superávit, a inflação começa a ceder e a meta de 2011 indica que será cumprida, com uma queda sustentada dos juros".



Os premiados



Organizada anualmente pela revista Carta Capital, a premiação As Empresas mais Admiradas do Brasil resulta de pesquisa realizada pela Opphicina Sophia, de Paulo Secches, e comemorou ontem sua 14ª edição.

Entre as empresas mais admiradas, a Natura ficou em primeiro lugar. O líder empresarial mais admirado no Brasil foi Eike Batista, que disse que o prêmio é ainda mais valioso por se tratar do reconhecimento de seus pares. Ele declarou: "Finalmente os paulistas me aceitaram".