Secretário de Economia e Planejamento fala sobre LDO para 2008




Em audiência pública realizada nesta quinta-feira, 28/6, pela Comissão de Finanças e Orçamento da Alesp, o secretário de Economia e Planejamento Francisco Vidal Luna falou sobre as diretrizes orçamentárias do Estado para 2008 e mencionou o Plano Plurianual (PPA), que ainda deve ser apreciado pela Alesp.
Para iniciar, Luna explicou que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estabelece as metas e prioridades da administração pública estadual e dispõe sobre critérios e normas que garantam o equilíbrio da receita e despesa para o orçamento do Estado e que o Plano Plurianual, que deve ser elaborado no primeiro ano de cada gestão e estrutura a ação do Estado para um quadriênio, é um o instrumento coordenador de todas as ações governamentais e, como tal ,orienta as Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDOs) e os Orçamentos Anuais (LOAs).
LDO
Como de costume, o anexo de metas fiscais do governo tomou como base dados apresentadas pela Fundação Focus " Assistência Humanitária. Segundo o secretário, e a partir dos princípios do PPA, as metas e as prioridades para 2008 foram norteadas pelos seguintes pontos: redução das desigualdades sociais, melhoria da qualidade de vida da população, geração de emprego e renda, preservação dos recursos naturais, garantia da segurança pública e promoção dos direitos humanos.
Sendo assim, os parâmetros do anexo de metas fiscais para o próximo anos são: IGP-M de 4%; IGP de 4,03%; taxa de câmbio de 2,2%; variação cambial de 3,75%; e real do PIB estadual de 4%. A receita fiscal será de R$ 87.939,6 bilhões; a despesa fiscal de R$ 83.736,5 bilhões; o resultado primário de R$ 4.203,1 bilhões; o resultado nominal de -R$ 9.448,9 bilhões; e a dívida fiscal líquida, a preço de dezembro, de R$ 152.699,9 bilhões.
Luna informou ainda que os principais riscos fiscais para o Estado são os precatórios alimentares e as ações ambientais, que somam R$ 3,5 bilhões, os 14 mil processos da antiga Fepasa, que ainda estão em curso, e o fato de o Estado ter sido o fiador da Vasp no processo de privatização com a quantia de R$ 590 milhões.
Questionamentos
Após a breve explanação do secretário, o presidente da comissão, Bruno Covas (PSDB) abriu a palavra para os deputados fazerem seus questionamentos. O deputado Vitor Sapienza (PPS) perguntou ao secretário sobre o repasse da Lei Kandir, o pagamento dos precatórios, que estão na previsão orçamentária, sobre a dívida ativa e a relação entre precatórios e divida ativa. Entre os questionamentos de Mário Reali (PT) estão: a posição do Executivo sobre a realização de audiências públicas para debater o orçamento do Estado, o distanciamento entre a lei orçamentária e as metas e programas da LDO e quais são os programas prioritários do governador José Serra.
Francisco Luna esclareceu que, devido à Lei Kandir, o repasse de verbas para o Estado de São Paulo é menor do que para outros estados, sendo que a luta para a mudança exige ampla discussão e mobilização. "Precisamos reivindicar a parcela que cabe a São Paulo", salientou.
A respeito dos precatórios, declarou que os de pequeno porte têm sido pagos, mas mesmo a quantidade desses de pouco valor tem aumentado, o que dificulta o pagamento de todos. "Há recursos de processos fracionados chegando agora ao Executivo, porém o pagamento dos fracionados de pequeno porte já atende grande parte da demanda".
Perguntado sobre as audiências públicas, o secretário informou que há intenção por parte do governo estadual em participar do processo, inclusive com a disponibilização da discussão pela internet. "Vamos promover audiências públicas regionais, mas a regionalização do Orçamento, do ponto de vista da elaboração e do custeio, é impossível", disse o secretário, lembrando que atualmente não há instrumentos no sistema para esse procedimento.
Sobre o excesso de arrecadação, Luna afirmou que os dados podem ser distorcidos, pois o que se chamou de excesso de arrecadação foi, na verdade, resultado da negociação para a operação dos serviços da folha de pagamento estadual.
Revisão salarial
O secretário esclareceu que o governo tem praticado políticas mais setoriais, em que algumas categorias foram contempladas, e que há estudos para que se premiem funcionários pelo desempenho. "Gostaríamos de criar mecanismos para premiar o mérito. Quanto ao problema dos salários dos funcionários, se analisarmos a folha de pagamento entre os anos de 1994 e 2006, veremos que houve ganhos salariais reais em relação à inflação".
Segundo Luna, durante anos o governo estadual não pôde pedir empréstimos, mas, de acordo com as contas atuais e com as projeções positivas, "pudemos participar do Programa de Ajuste Fiscal, que permitiu a abertura de uma janela de endividamento de mais de R$ 6 bilhões, proporcionando a renegociação de dívida com o BNDES, o Banco Mundial e o BID".
Sobre projetos que o governo pretende priorizar, citou o Rodoanel, "projeto ambicioso, que tem recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e que queremos concluir ainda na atual administração". O projeto de recuperação das vicinais, a retomada das obras da Linha 4 do Metrô e a viabilização de um pacote de 56 trens para o Metrô, a fim de reabilitar a malha viária da CPTM, também são obras que merecerão destaque do Executivo na execução orçamentária.
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