Ao mestre, com carinho

Final de ano, como se sabe, é época propícia para balanços, planos e promessas. Você, por exemplo, vai parar de fumar quando? Em janeiro, claro. Ou, então " o que, infelizmente, é mais provável ", quando os pulmões arruinados lhe exigirem uma atitude radical.
Como não quero estragar as festas de ninguém, aproveito a oportunidade para lhe dizer que o ano de 2005, apesar dos inúmeros pesares, foi um ano positivo. É certo que o desgoverno Lula nos fez andar a passos de cágado, contribuiu para denegrir ainda mais a imagem de nossas instituições, sobretudo do Parlamento, cuja banda podre se vendeu por trinta moedas. Mas é igualmente certo que Lula e o PT, com sua incompetência e voracidade, contribuíram para enterrar a crença existente em largas parcelas da sociedade, inclusive na que faz carreira na academia, segundo a qual a soma de incompetência e arrogância pode gerar frutos de boa qualidade. Não pode, não.
Já imaginaram se a gestão Lula da Silva desse certo, se ela, sei lá, fosse um exemplo da boa governança, de respeito absoluto aos princípios republicanos? No médio prazo, estaríamos todos mortos, sem perspectivas. Como cobrar dos filhos, empenho nos estudos e dedicação à profissão, se o presidente da República parece ter orgulho de sua aversão aos livros e a tudo o que implique trabalho cotidiano e continuado?
Seria o caos. Estaríamos condenados a trocar o mérito adquirido pelo estudo e trabalho pelo improviso e compadrio. Não nos restaria outra alternativa, além de nos submeter ao projeto de poder petista, cujo modelo de democracia é a Venezuela de Hugo Chávez, ou " quem sabe? " a Bolívia do cocalero Evo Morales, que ameaça se apropriar de forma ilegítima dos investimentos feitos naquele país pela Petrobrás e, ainda assim, contou com o apoio do presidente brasileiro, se é que isso tem alguma importância.
Lula e seus companheiros petistas e de mesada, é certo, impediram que o Brasil crescesse no mesmo ritmo dos demais países emergentes. Isso nos custou empregos, achatamento de salários. Mas poderia ser pior. Apesar da descrença crescente da sociedade nos políticos, é provável que, em 2006, as opções eleitorais se dêem com mais critério. Arrivistas, como Lula da Silva, e despreparados, como Luiz Inácio, creio eu, terão maiores dificuldades para se eleger. Promessas miraculosas serão alvo de repulsa imediata de parte expressiva dos eleitores. Isso é bom para o país. Afinal, quem carece de líderes carismáticos deve fazer uma romaria em homenagem a Padre Cícero.
Então, ficamos assim: eternamente gratos a Lula da Silva. Na verdade, ele se revelou um grande mestre. Basta que os "alunos" façam sempre o contrário do que ele prega e faz. Boas festas.
*Milton Flávio é professor de urologia da Unesp, deputado estadual e vice-líder do governo na Assembléia Legislativa de São Paulo.
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